Capítulo 18 - parte 02

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Jogou o corpo para trás, deitando completamente na grama. Seu peito subia e descia rapidamente, ofegante. Instintivamente adentrou a calça com uma das mãos e tocou o membro ereto, acariciou-o, olhou rapidamente a sua volta. Alguém poderia pegá-lo no flagra e aí seria humilhante. Praguejou novamente, retirou a mão rapidamente do membro e levantou, correndo para dentro da casa, sempre com cuidado para não ser visto.

Anahí, que estava saindo da cozinha o viu correr apressado escadas acima, e claro que o volume entre as pernas não passou despercebido por ela. Conteve a gargalhada levando a mão sobre os lábios. Definitivamente era uma cena engraçada vê-lo daquela forma, e claro, contrangedora se fosse visto por uma das filhas. Subiu as escadas logo atrás, podendo vê-lo entrar no quarto. Ao passar em frente a porta travou ali, girou o corpo fazendo menção de entrar e negou chacoalhando a cabeça constantemente. Voltou a girar o corpo voltandoa posição incial, e sorriu largamente.

- Bom trabalho com as mãos senhor Herrera. – sussurrou para si e voltou a andar, rindo e assoviando.

Enquanto Alfonso aliviava sua tensão pós provocação Anahí, a loira adentrava o quarto de Júlia sorridente.

- Encontrou o Marley? - Eduarda perguntou assim que a viu e ela mudou a espressão risonha e negou encolhendo os ombros.

- Isso está me cheirando a Alfonso Herrera! - Júlia murmurou fechando a cara.

Anahí respirou fundo e sentou no chão, cruzando as pernas como índio. Seu semblante triste não passou despercebido. Fernanda sentou ao lado da babá e encostou a cabeça no braço dela. Carinhosamente a loira lhe afagou os cabelos e respirou fundo, torcendo a boca de um lado para o outro. E agora?

- O que o ogro fez? – Fernanda perguntou afastando um pouco dela para olhá-la, voltando a apoiar a cabeça no braço da babá - Somos fortes, pode falar. – balbuciou.

O que diria as meninas? Não poderia contar que o pai, por uma crise de ciumes, sumiu com o cachorro, ou melhor, devolveu para Roberto. Não seria um assunto a ser tratado com duas crianças de cinco anos e uma de sete.

- Roberto ligou e pediu de volta.

- Como? - Júlia pediu indignada - Ele não pode dar e depois tirar! – bateu as mãos ao lado do corpo e trincou os dentes.

- Vai ver a Any disse que não ia sair com ele, o gato ficou bravo e quis o Marley de volta. - Eduarda deduziu gesticulando com as mãos.

Anahí assentiu confirmando, dando um meio sorriso.

- Tudo bem, a gente consegue outro cachorro. – Júlia sorriu fraco, cruzou um dos baços sobre o peito e apoiou o outro sobre, apoiando o queixo e bateu os dedos ali - Vou subornar Alfonso Herrera.

Anahí franziu a testa, buscando lembrar de algo.

- Espera, quem pegou vocês? – Anahí perguntou, apontando para as gêmeas, se dando conta de que as mesmas deveriam estar na escola ainda.

- Anda tão desligada que nem se tocou que nem fomos a escola hoje. – Fernanda virou os olhos e Eduarda fez um sinal rodando um dos dedos sobre a cabeça e colocando a língua de fora, mostrando que a babá estava louca.

Anahí avisou da mudança de planos em que apenas lanchariam durante a viagem, a fim de não perder tempo. Então ordenou que as crianças fossem a cozinha pegar seus respectivos lanches, e que seguissem para o carro.

As meninas extasiadas e ansiosas pela viagem, correram cumprir o que havia sido dito pela babá, já ela pegou as malas, porém parou em frente a uma porta ao se dar conta de que estava entreaberta. Sorriu fazendo um bico, largou as malas no corredor, abriu um pouco mais a porta, ouvindo um gemido. Levou a mão a boca para conter o sorriso. "Entrar ou não entrar?" Na dúvida, adentrou o quarto e colou o ouvido na porta do banheiro, ofegou quando ouviu seu nome.

"Entre ai e se delicie Anahí", sua razão dizia. "Cuidado para não se machucar", seu coração gritava.

A quanto tempo ele estava tentando se aliviar? Imaginou-o completamente ereto e ofegou. Encostou a testa na porta e fechou os olhos, lutando contra o forte desejo e o calor que ardia entre suas pernas. Puxou o ar e o soltou vagarosamente pela boca, afastou um pouco da porta e a encarou.

- Estarei no carro com as meninas esperando você. – avisou, falando pausadamente e em um tom alto e rouco para que ele pudesse ouvir.

A porta se abriu de imediato e ela teve de segurar-se: estava rigido, vermelho , as veias completamente visíveis.

- Por favor... - choramingou a encarando, implorando com o olhar.

Teve dó, mas não cederia a tentação. Negou com a cabeça, prendeu o lábio inferior entre os dentes e mirou o membro. Com certeza aquilo estava muito dolorido, mas não poderia o tocar novamente, precisava manter seu corpo e seus lábios bem longe daquela testosterona ambulante. Forte, isso o que ela seria e venceria aquela tentação enorme.

- Não demore com isso. - piscou e apontou para o membro, e em um ato de crueldade girou o corpo em um ângulo de cento e oitenta graus e saiu do quarto rapidamente.

Ele a observou sumir, vendo apenasseus cabelos ricocheteando nas costas, boquiaberto. Que mulher resistiria a ele? Qualquer uma daria tudo para estar em seus braços, e aquela que ele tanto desejava era cruel. Olhou mais uma vez para seu membro e teve vontade de chorar como uma criança, fechou a porta e sentou-se sobre a privada, voltando a usar as mãos. De olhos fechados, a imaginou ali agaixada entre suas pernas fazendo o serviço, pedindo mentalmente que aquilo terminasse logo.

A loira, rindo a toa pegou as malas e foi ao encontro das meninas, que julgou estarem no carro, porém as pestinhas a aguardavam no pé da escada, sentadas lado a lado. Estariam tramando algo?

- Errou o caminho? – Júlia indagou parando de pé, encostando as costas no corrimão, observando minimamente a babá - Já até levamos o lanche no carro.

- Tive que ir so banheiro. – abriu um sorriso colgate, justificando-se, largou as malas ali perto e se sentou com elas na escada.

- ANAHÍ! – o grito ecoou pela casa, a loira arregalou os olhos e Júlia levou a mão a boca soltando um "ôôu".

- Está encrencada! - Eduarda exclamou batendo na testa, e as irmãs assentiram. 

Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora