Capítulo 15 - Parte 06

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E como se levasse um choque, a loira se afastou. O que ele afinal queria dela?

- Tudo se resume em sexo pra você? – indagou incrédula, apesar de esperar por aquela reação dele - Eu não posso lhe dar um filho senhor Herrera, sou uma árvore seca esqueceu?

- Eu preciso transar, você é maravilhosa na cama. – disse sem dar muita importância ao que ela acabara de dizer, apenas preocupado em satisfazer suas necessidades masculinas.

- Primeiro faça, depois eu lhe dou o que quer. – a loira deu um meio sorriso e o encarou - Aprenda a dançar conforme a música Herrera.

- Você não quer, há quem queira satisfazer-me. – o belo moreno deu de ombros, deu as costas e começou a vestir sua cueca.

- Vá e faça bom proveito querido.

Lançou a ele um sorriso irônico e fugiu. A fuga naquele momento era mais propícia, e ela se trancou em seu quarto, indo relaxar a tensão de seu corpo embaixo do chuveiro com a água bem gelada.

Não muito distante dali, Lucrécia andava de um lado para o outro do escritório, sua expressão não era nada boa. Apenas dormia a base de calmantes, tamanha a sua preocupação. Felipe que precisava falar com a mãe a viu e decidiu que melhor seria ficar bem longe, conhecia as expressoes faciais dela e a única coisa que receberia naquele momento eram chutes, palavras de baixo calão, grosserias e pontapés.

Desde que soube que Anahi estava muito próxima, seu mau humor era constante. E a insistência de Enrique em encontra-la o mais rápido possível piorava ainda mais a situação.

- Você não vai ficar com nada do que é meu! - rosnou e socou a mesa, esfregou as mãos no rosto - Eu vou lhe encontrar antes do seu pai maldita bastarda, e não sobrará um fio de cabelo se quer pra contar historia. – ameaçou e riu alto.

Sua risada mais pareceu de uma madrasta cruel, estilo a da branca de neve, vulgo bruxa. Bárbara, sobrinha e fiel escudeira, chegou com a amiga Beatriz a tiracolo, e foi cumprimentar a tia.

- O que houve titia? Está com uma cara...

- É a única que eu tenho, por acaso pode me dar outra? – perguntou de maneira estúpida, fazendo-a arregalar os olhos.

- Que bicho te mordeu?

- Essa tal de Anahí é um pesadelo em minha vida desde o dia em que nasceu! – confessou, ainda com raiva, e Bárbara a olhou boquiaberta.

- Como? – Bárbara e Beatriz foram uníssonas.

- Essa filha bastarda que Enrique insiste em encontrar, é um...

- Não, como é o nome dela?

- Anahí.

- Não. – Bárbara negou com a cabeça e riu nervosa – Não pode ser a mesma Anahí, não mesmo.

- Você a conhece?

- No orfanato havia uma Anahí. – Beatriz intrometeu-se - Pobre Anahí! – zombou rindo alto - Fizemos da vida dela um inferno.

- Conte-me mais sobre essa pessoa.


Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora