Capítulo 18 - parte 04

971 64 43
                                    


Irritado ele esmurrou o volante e praguejou. Olhou para o seu membro e teve vontade de chorar. Já sentia sinais de uma possível erupção de um vulcão entre suas pernas devido as últimas ações de Anahí. Aquilo deveria ser pela saudade absurda que sentia de tocá-la, possuí-la profundamente. Encostou a cabeça no volante e deu uma rápida olhada para dentro da lanchonete onde a loira acabara de entrar e ao ver Anahi conversando com um homem seu sangue ferveu. Na velocidade da luz retirou a chave da ignição e entrou na lanchonete, parando ao lado da loira e em um gesto para demonstrar que era sua para aquele homem, beijou-a no ombro.

Ao ver o ato de carinho do pai com a babá, Júlia girou o corpo dando as costas ao moreno, comemorou com um gesto com as mãos e soltou um "yes" baixinho. A pequena traquina caminhou até um freezer com sorvete e começou a se servir, logo as gêmeas se juntaram a irmã.

- Sorvete no carro não! – Alfonso falou alto, já fechando a cara assim que as viu.

Anahí girou o corpo um pouco para olhá-lo, irritada. Não soube o porque, mas o fato dele negar sorvete as filhas a deixou daquela forma. Assim como as crianças, ela estava com tanta ou mais vontade de se empanturrar de sorvete naquele calor que fazia.

- Pare de ser azedo Poncho! – Anahí exclamou levando uma das mãos a cintura e batendo o pé no chão feito criança birrenta – O sorvete está liberado, quer você queira ou não. – sorriu cinicamente, voltou o corpo a posição inicial e seguiu em direção ao freezer para também se servir.

Olhou de sabor para sabor e quis provar todos aqueles sabores. Uma ideia maliciosa lhe surgiu na mente, mas ela fez questão de afasta-la o mais rápido possível chacoalhando a cabeça. Optou por apenas três sabores e passou por Alfonso esbarrando nele, parou dando dois passos para trás, de modo que ficasse de frente com ele, e ao ver que as meninas estavam indo até o carro, deu um selinho castro novamente no moreno.

- Pague a conta gatinho, estaremos no carro. – falou manhosa e se retirou.

Um sorriso brilhou nos lábios de Alfonso, suspirou, girou o corpo para olhá-la. Poderia perfeitamente se deliciar naquele corpo curvilíneo com muito sorvete. Aliás ele adoraria provar todos aqueles sabores nela.

Alfonso pagou os sorvetes e parou na porta do estabelecimento e ficou observando as filhas sentadas no banco de trás tomando sorvete. Fechou os olhos por um momento, respirou fundo e a primeira coisa que viu quando os abriu foi Anahí passando a lingua em seu sorvete. Soltou o ar pela boca, olhou para seu membro, para a loira e novamente para o membro. A buzina o fez despertar e ele acenou para a loira que o chamava.

- Dai-me forças! – pediu enquanto olhava para cima, desceu o olhar – Mantenha o controle, nada de demonstrar as evidências.

Não teve pressa em ir até o carro, e tambem tentou não olhar muito para Anahí. Talvez assim poderia manter o controle e evitar que algo entre suas pernas ganhasse vida novamente como um pouco antes de saírem. Porém ela parecia ainda mais sexy passando a lingua naquele sorvete, e estava sendo impossível manter o foco apenas na estrada. Percebendo que volta e meia ele a olhava pelo canto do olho, Anahi passou a provocá-lo.

"Essa mulher vai me deixar louco, sem autocontrole novamente. Respira Alfonso e pense em lindos filhotinhos de cachorro." Pensava mentalmente, desejando de fato que mudasse o foco de seus pensamentos, mas o calor que o corpo dela emanava e seu perfume tornavam aquilo impossível de acontecer.

Seu membro ja estava visivelmente excitado e ele ofegou. Anahi percebeu o volume sobre suas calças e passou a língua nos lábios. Até onde ele aguentaria dessa vez, com as filhas ali presentes?

- Hum, que delícia! - exclamou maliciosa, voltando a lamber seu sorvete.

E Alfonso? Estava mais uma vez com um vulcão prestes a explodir entre suas pernas.

Ele a olhava e a loira apenas sorria, vez por outra passava a lingua nos lábios, e quando ela pressionou as pernas e levou o dedo indicador a boca, lambendo o sorvete que ali escorrera, o moreno sentiu uma pontada forte entre suas pernas. E como se não bastasse, Anahi se remexeu no banco. Nunca em sua vida dez minutos demoraram tanto a passar. Ao avistar a casa da mãe ao fim da estrada ele agradeceu mentalmente.

Ao chegar na fazenda Alfonso praticamente foi o primeiro a descer do carro e nem cumprimentou a mãe que aguardava eles em frente a casa, entrando como um raio no casarão, em busca de algum local para que pudesse extravasar aquela tensão de seu corpo.

- O que deu nele? - Cecília perguntou estranhando enquanto olhava para a porta que o filho entrou.

- Banheiro. - Anahi disse e começou a rir descontroladamente.

Apenas ela sabia do que se tratava, e ninguém entendeu o porque de Anahi ter uma crise de riso pelo fato de ele precisar urinar. Cecília estreitou os olhos, buscando alguma resposta em Anahí, mas o que encontrou foi uma gargalhada gostosa.

Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora