Capítulo 11 - Parte 01

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Anahí saiu tão apressada do escritório que não viu Júlia no corredor, e acabou esbarrando na menina.

- É cega? Olhe por onde anda! – Júlia disparou revoltada.

- Desculpe Júlia, eu...

- Anahí vá até sua casa organizar suas coisas e volte mais tarde. – ele falou interrompendo-a, parado a porta do escritório, ela não virou-se para vê-lo, mas sentiu todo seu corpo reagir com aquela voz rouca atrás de si - Terá a tarde livre para que possa resolver tudo e vir aqui antes do jantar. - Alfonso disse e Anahi apenas assentiu, saiu o mais rapido que pode.

- Ela não pode mirar aqui! - Júlia gritou e saiu correndo, sem dar chance ao pai lhe falar algo.

Alfonso encostou a cabeca na porta, fechou os olhos pedindo paciência com Júlia. Por ele a menina estaria em um colégio militar, mas a pedido de Anahí daria mais uma chance a filha. Mas já havia alertado a loira que apenas mais uma das brincadeiras dela, e a mandaria sem dó e piedade. Fugira de seu controle a autoridade perante Júlia, por mais alto que gritasse, a menina procurava sempre falar mais alto e reagir com socos, pontapés e palavras duras e ásperas, as quais Alfonso nunca imaginava que poderia sair da boca de uma menina de apenas sete anos. E o pior, estava sempre coagindo as irmãs mais novas.

O que mais necessitava era de uma figura feminina ali, na falta da mãe. Júlia amava e idolatrava a avó, mas era apenas ela sair em uma de suas longas viagens para a pequena se rebelar cada vez mais.

E a solução encontrada por Alfonso foi ir em busca de uma babá. Depois de muitas tentativas frustradas eis que surge um anjo em sua vida chamado Anahí. Essa sim era um verdadeiro anjo, sem asas. Aturar as três filhas não era fácil, nem ele as suportava as vezes. E era aquela mulher que queria para si, ao seu lado.

- Em breve estará em minha cama Anahí, gemendo enquanto estarei entrando e saindo de você. - falou consigo sorrindo, e apenas de imaginar ele sentiu seu membro indicar sinais de vida.

Voltou para o escritório, ainda tinha algumas pendências de seu escritótio, alguns papéis para revisar e assinar. Teria um evento de moda importante fora da cidade no dia seguinte e precisava estar por dentro das novas tendências e estudar estratégias para convencer os clientes de que a grife Puente era a melhor.

No andar de cima Júlia invadiu o quarto das gêmeas.

- O negócio é o seguinte cambada. - falou e sentou-se na cama - Papai está querendo colocar a babá para dentro de casa, na verdade ele já deu ordens e essa noite ela vai passar aqui - sorriu maquiavélica.

- Jú a Any é legal. – Eduarda interviu pela babá, temia pelas crueldades que a irmã poderia fazer e obrigar ela e Fernanda a participarem.

- Cala a boca Duda! Você não tem permissão para gostar dela! - entao olhou para Fernanda - e nem você. Nós vamos dar as noas vindas a ela. - alargou o sorriso, com a mão direita no queixo - Vamos ao quintal, precisamos de umas amiguinhas.

As gêmeas seentreolharam e assentiram. O melhor era acatar a decisão da irmã mais velha.Juntas foram ao jardim, munidas de enxadas e um pote. A busca seria longa e Júliasabia exatamente o que queria.     

Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora