Capítulo 16 - Parte 04

932 58 41
                                    


Encarou uma a uma minimamente e balançou a cabeça, jogando-a para trás, rindo alto. Voltou a encarar as meninas e agora o trio a olhava com os braços sobre o peito, lado a lado tentando demonstrar superioridade.

- Vocês não desistem?

- Não até você confessar que ama o papai. – Eduarda falou dando de ombros.

- Eu não cou confessar nada a vocês, até porque não tem nada a ser confessado. – ela estalou os dedos – Agora todo mundo pra cama, anda! – ordenou.

Fernanda e Eduarda saíram reclamando, deixando a loira e Júlia sozinhas. Ambas se encaravam, como se conversassem com os olhares. Anahí respirou fundo, girou o corpo em um ângulo de 180 graus e caminhou lentamente até a porta.

- Any? – Júlia a chamou e a loira se virou rapidamente – promete que nunca vai embora?

Anahi suspirou e caminhou de volta até a menina, sentou na cama ao seu lado.

- Não me deixa sozinha, não vá embora como minha mamãe ou a mamãe das gêmeas, fica aqui para sempre. – pediu implorando mais uma vez naquela noite e segurou firme nas mãos de Anahí.

- Júlia você sabe que eu não serei a babá de vocês para sempre. – a voz de Anahí soou tão carinhosa que a menina a abraçou forte e se permitiu chorar.

- Só fique aqui, por favor. – enxugou as lágrimas e olhou a babá, olho no olho - A vida é mais colorida com você nessa casa.

- Oh meu anjo, eu ficarei aqui contigo. – disse ternamente, e a aninhou em seus braços, beijou-lhe os cabelos algumas vezes. – Agora tenta dormir meu amor, amanhã é outro dia e temos uma escola para visitar.

Não demorou muito para Júlia adormecer em seus braços. Ajeitou-a na cama, beijou-lhe a testa e sorriu.

- Eu amo sim o seu papai. – sussurrou – Amo você, a Duda e a Nanda e seria a mulher mais feliz desse mundo se pudesse fazer parte dessa família. – confessou.

Dormir ouvindo os gemidos da mulher não fora nada fácil, e piorava ao saber o que faziam naquele quarto. Tortura, muita torura para um coração apaixonado. Nem bem clareou o dia e Anahí pulou da cama, fez sua higiene matinal e foi ao quarto de Júlia e estranhou ao ouvir o chuveiro ligado e a cama vazia. Deu de ombros e seguiu para o quarto das gêmeas:mais camas vazias. Mais uma vez estranhou, franziu o cenho. O que estava acontecendo? Conferiu no relógio de seu celular e ainda eram 06:00 da manhã. Algo estava errado, muito errado. Voltou ao quarto de Júlia e a encontrou sentada na cama penteando os cabelos.

Adentrou o quarto e a observou cruzando os braços sobre o peito.

- Vou preparar o café da manhã do papai e da bruxa. – sorriu cinicamente.

- Júlia... – repreendeu.

- Relaxa Any, o café dela será inesquecível. – ela saltou da cama ficando em pé – Apenas distraia o papai enquanto eu e minhas irmãs repetidas fazemos o serviço. – piscou e passou por Anahí caminhando até a porta – Não deixe o papai descer antes de Nanda te dar ok.

Sem saber o que falar, a loira começou a rir sozinha. O que será que Júlia aprontaria agora? E havia solicitado que fosse cumplice de suas traquinagens? O barulho de uma porta abrindo a fez sair apressada do quarto e travou na porta ao ver Alfonso aos beijos com aquela mulher outra vez.

- Pon meu lindo você sabe do que eu gosto, eu já desço meu love! – a voz melosa deixou Anahí com náuseas.

A porta se fechou e o moreno caminhou pelo corredor. Foi ai que ela lembrou-se do pedido de Júlia.

- Alfonso? – o chamou caminhando apressada até ele.

O moreno girou o corpo e sorriu largamente para a loira.

- Bom dia senhorita Portilla! – cantarolou.

Senhorita Portilla? Ops, o que houve que ele estava formal?

- Bom dia senhor Herrera. – respondeu sorrindo cinicamente – Hoje vou levar Júlia comigo para conhecer as escolas.

- Ótimo, boa sorte. – desejou e voltou a andar.

- Espere! – praticamente gritou e parou a frente dele – Eu gostaria de saber se tem alguma preferência quanto a escola.

- Júlia foi expulsa da melhor escola da cidade, não há outra que me agrade. Aliás pouco me importa onde ela irá estudar.


Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora