Capítulo 11 - parte 09

958 61 0
                                    

Ajoelhou-se ao lado da cama e Júlia virou-se ficando de costas, lhe tocou no braço e acariciou, e a menina tratou de levantar e sentar na beira da cama, ainda de costas.

- Ei, o que houve meu anjo? – pediu carinhosamente, Júlia manteve-se muda, enxugou as lágrimas – Não quer me contar? – ela negou, a loira suspirou – Tudo bem, vou deixa-la sozinha, quando quiser conversar, estarei na sala de tv com suas irmãs.

Levantou-se e caminhou até a porta, antes de sair olhou mais uma vez a menina, negou com a cabeça e saiu fechando a porta. Assim que Anahí saiu Júlia permitiu-se chorar. Fitou o porta retrato com o pai no criado mudo, pegou-o.

- Eu odeio você, porque fez isso? – arremessou o porta retrato no chão e afundou o rosto no travesseiro.

Anahí chegou a sala e as gêmeas jogavam banco imobiliário junior, com a mesma mulher que a poucas horas havia entrado no quarto e a visto com Alfonso.

- Você está blefando vovó, não é justo. – Fernanda reclamou cruzando os braços, porém Anahí não conseguiu distinguir qual das gêmeas era.

- Você é que não sabe jogar, aceita que dói menos. – disse dando de ombros e deu língua para a neta. Percebeu a presença de Anahí e lhe sorriu – Venha jogar com a gente Anahí.

- Vem Any! – Eduarda chamou sorrindo, Anahí negou tímida.

- Deixe de bobeira menina! Venha jogar conosco, ou está com medo de perder? – desafiou, a loira negou - Se esta envergonhada pelo que vi, desencane. Acho que você é a mulher certa, as meninas me falaram muito bem de você.

Anahí aproximou-se a passos lentos e ajoelhou-se na mesinha de centro, sentando-se sobre as pernas. Estava um tanto envergonhada, quem era aquela mulher tão amorosa com as meninas e gentil com ela?

- Meninas, vocês sabem ou fazem ideia doque aconteceu com Júlia?

- Alfonso foi viajar. – Cecilia falou – Ela sempre fica assim, revoltada.

Ela assentiu boquiaberta. Como assim foi viajar e ela era a última a saber?

- Ele não te contou? – Anahi negou lentamente num menear de cabeça – Alfonso há de encontrar uma mulher que o faça mudar. – a encarou e Anahí abaixou o olhar – Voltando a Julinha, deixe-a sozinha, amanhã estará melhor.

- Papai sempre sai sem avisar, leva aquelas piranhas com ele. – Eduarda falou fazendo um bico.

- Eu odeio as namoradas do papai.

- Meninas! – repreendeu – Falando assim parece que seu pai tem várias mulheres ao mesmo tempo.

- Mas ele tem vovó! – Fernanda falou e levou um olhar gélido da avó.

- Só traz bruxas horrorosas pra casa. – Eduarda disse irritada.

Anahí sentiu-se usada, levantou-se e saiu da sala. Cecilia olhou para as netas, bronqueando e foi atrás da loira. Anahi entrou no quarto com os olhos mareados, quando ia fechar a porta Cecilia segurou.

- Não ligue para que as meninas falem querida. – disse ternamente, a loira suspirou e caminhou até a cama, sentando-se. Cecilia entrou e foi até Anahí, sentou-se ao lado dela, segurou-lhe as mãos – Conheci você agora a pouco de uma forma diferente – sorriu e Anahi sentiu seu rosto corar - Pelo que minhas netas repetidas contaram, você é um anjo que caiu do céu para trazer vida a essa casa. Alfonso há de reconhecer isso e esquecer-se da ideia louca de ter inúmeros filhos.

- Que?

- É uma longa história.

Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora