Um Anjo Caiu do Céu

Capítulo 12 - parte 01

A história contada por Cecilia havia causado a Anahí duas noites mal dormidas. Porque Alfonso queria um filho com ela? Algo sem resposta até ele voltar. Cecilia fazia-se de desentendida quando questionada, apenas dizia que quem lhe deveria explicar isso era Alfonso. Mas explicar o que? E porque?

Dois dias. Há dois dias ele havia a levado aos céus e sumido sem deixar pistas. Sabia que Alfonso voltaria, mas quando? E como seria quando ele voltasse? Torceu a boca e mordeu o lábio inferior, abraçou-se. Não podia negar: a noite que tivera com Alfonso havia sido maravilhosa e ela queria mais, porém será que poderia continuar dormindo com o patrão? Estaria pecando?

Mandou todos os pensamentos e recordações daquela noite embora. Tinha que ir ver o que as meninas estavam aprontando. Naquele momento elas lanchavam com a avó, havia sido convidada para juntar-se a elas, mas decidiu vir organizar algumas coisas em seu quarto enquanto isso.

Anahí entrou na sala onde as meninas lanchavam e seu olhar cruzou-se com um par de olhos verdes, seu corpo ligeiramente reagiu arrepiando-se. Ele sorriu ao vê-la e levantou-se, caminhando em sua direção. Anahí deu dois passos para trás e sua respiração acelerou. Desde quando aquele homem mexia tanto com ela? Respirou fundo e o perfume dele adentrou por suas narinas a embriagando.

- Anahí poderia me acompanhar até o escritório? – perguntou com a voz rouca, a analisando, ela apenas meneou a cabeça, se falasse algo perceberiam o quanto estava nervosa.

Alfonso tocou-a nas costas lhe causando um arrepio forte, ele sorriu malicioso e deu um leve empurrão na loira. Anahi caminhou apressadamente até a sala e o aguardou. Ele parou a sua frente, segurou-a pela cintura e puxou a loira para si.

- Como senti falta de seu corpo, dos seus beijos. – disse e Anahi tentou soltar-se, não conseguiu. Alfonso aproximou seu rosto e ia beija-la quando um clarear de garganta os atrapalhou.

Anahi corou, e teve vontade naquele momento de ser invisível, girou o corpo e deu as costas a Cecilia que encarava os dois sorridente.

- Subam as escadas, terceira porta a direita. – zombou, explicando o caminho do quarto de Alfonso, a loira encolheu os ombros ao ouvir a mãe do moreno.

- Será que a senhora poderia olhar as meninas enquanto eu converso com Anahí no escritório? – pediu e aproximou-se da mãe, a beijou no rosto - Por favor, não deixe-as aproximar-se de lá, não quero traumatizar nenhuma das milhas filhas. – disse em um tom baixo, para que apenas a mãe ouvisse.

Cecilia piscou ao filho e assentiu.

- Case-se com ela. – sussurrou para o filho que negou rapidamente.

- Enlouqueceu mamãe? – sussurrou de volta.

- Case-se com Anahí, ela é a mulher ideal para você meu filho.

- Casamento pra mim é prisão, não caso nem amarrado. – falou um pouco mais alto, de maneira ríspida.

E ali na sala uma pessoa não gostou de ouvir aquilo. Ele queria apenas brincar de casinha com ela, mas aquilo teria um fim.