Capítulo 18

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Hoje eu acordei com febre e algumas dores de cabeça. Decidi não ir para a faculdade e nem ir trabalhar. Avisei Bethany e Barbara.

- Eu fico com você, meu bem. - Mamãe diz tirando o termômetro do meu braço, ela o balança e olha. - Está abaixando..

- Não precisa ficar, eu vou ficar bem. - Murmuro.

Ela me olha em dúvida.

- Eu não sei, não acho bom você ficar sozinha em casa, ainda mais grávida.

- Não se preocupe, nós vamos ficar bem. Isso é passageiro e daqui a pouco eu melhoro. - Dou um sorriso e ela olha com dúvida. - E também não é porque eu estou gravida que não posso ficar sozinha.

Ela me olha apreensiva.

- Qualquer coisa você me liga, está ouvindo? Qualquer coisa. Se sentir uma dor ou a febre aumentar você me liga, okay?

- Eu entendi mamãe.

Ela se levanta da minha cama.

- Vou levar suas irmãs para a escola e vou pedir para Louise ficar de olho em você. - Ela fala, mexendo em seu celular.

- Eu não preciso de uma babá e ela é mais nova que eu. - Reviro os olhos.

- Não importa, assim que ela chegar ela irá te ver. E sem mais. - Ela coloca o celular na orelha. - Alô, Louise? É a...

Ela saí do quarto.

Minha mãe se preocupa demais.

Puxo o edredom mais para a cima, o frio estava demais.

Ouço batidas na porta.

- Estou entrando. - Vejo meu pai esgueirar a cabeça dentro do quarto, sorrio. Ele entra e fecha a porta. - Como está a minha filhota?

- Já estou bem, mamãe que está se apavorando atoa. - Falo e ele sorri.

- Ela se preocupa porque te ama, igual eu. - Ele se senta na cama. - Não queria ter essa conversa agora, mas vendo você nesta situação só me faz ter ainda mais certeza. - Olho confusa para ele. Certeza de que? - Acho que você deveria sair da biblioteca.

- Não! - Falo de imediato. - Gosto de trabalhar lá.

Papai passa as mãos em seu cabelos.

- Você precisa cuidar de sua saúde e de seu filho, ficar fazendo esforços faz mal, não precisa trabalhar Calliope, pelo menos não agora.

- E..eu não sei. - Murmuro. - É um trabalho bom, não tem muitos esforços.

- Mas pense em seu filho, eu e sua mãe trabalhamos para cuidar de você e de suas irmãs. Não tem necessidade você trabalhar.

- Gosto de ser independente. - Falo o olhando nos olhos.

- Você pode ser independente, mas não agora. É para o seu bem. - Ele se levanta. Eu ia falar, mas ele continuou. - Pense nisto, e mais tarde, quando eu chegar do trabalho, nós conversaremos. - Ele me dá um beijo na testa e se afasta. - Eu te amo.

- Também te amo. - Murmuro. Ele me dá um último sorriso e sai do quarto.

Não quero sair da biblioteca, é um trabalho bom, não posso me afastar assim e papai tem que entender que eu não sou uma garotinha de dez anos, já tenho dezenove anos e um filho para criar. Não posso ficar na aba dos meus pais para sempre. Ele tem que entender que eu cresci.

Depois de alguns minutos, meus pais e minhas irmãs vieram se despedir. Mamãe avisou que quando Louise viesse para olhar as gêmeas ela ficaria de olho em mim, o que achei desnecessário, mas ela não quis ouvir a minha opinião. Assim, que eles saíram eu voltei a dormir.

(...)

Quando acordei era onze horas,minha febre já estava baixa. Escovei meus dentes, usei o banheiro e fui a cozinha, preparar algo para comer. Fui de pijama mesmo. Preparo um sanduíche natural e encho o meu copo com suco de laranja. Dei uma mordida grande em meu sanduíche, estava com fome.

Sento no sofá e ligo a TV. Estava passando os canais até que vi um em que estava passando As Vantagens de ser invisível. Fiquei confortável no sofá e assisti o filme.

Ouço meu celular tocar, subo as escadas apressada e pego o celular em cima da cama. Vejo o nome de Niall na tela.

- Alô?

- Ei Calliope, tudo bem? - Assim que ouço sua voz um sorriso involuntário se forma, no meu rosto.

- Sim. - Minto. Não preciso preocupar ele com meus problemas, além do que eu já o preocupei. Primeiro com a historia de ser abandonada grávida e segundo o pesadelo com Scott. - E você, tudo bem?

- Melhor agora. - Fico sem saber o que falar, isso foi inesperado. - Eu..ã.. Desculpa por te ligar agora, sei que está na faculdade, mas...

- Não se preocupe, fomos dispensados mais cedo. - Minto de novo, realmente sou uma grande mentirosa.

- Ótimo, hoje estava andando em algumas lojas com o Harry e eu comprei um presente para o meu afilhado.

- Não precisava, Niall. - Falo. Desço as escadas e me sento no sofá.

- Claro que precisava é lindo. É um ursinho lindo. Você vai adorar.

- Obrigada! - Tomo um gole de suco. - Você é tão carinhoso.

Penso alto de mais. Droga!

- O que disse? - Seu tom de voz é animado.

- Nada de mais. - Murmuro.

- A por favor, repete. - Sua voz soa com manha.

- Você é carinhoso demais. As vezes paro e penso se você é real mesmo. Nunca conheci uma pessoa assim como você. - Acabo por falar demais.

- Como eu?

- É, carinhoso, simpático, amigo e companheiro . - Sorrio.

- Você me surpreendeu. - Ele solta. - Se eu pudesse tomaria um avião agora só pra estar aí com você.

Sinto meu rosto esquentar.

- O que está fazendo? - Mudo de assunto. Ela solta uma risada. O Calliope idiota.

- Estou esperando o Louis e Zayn terminarem a partida de videogame para eu jogar também. - Ele fala. - E você?

- Estou assistindo filme.

- Qual? - Ele pergunta.

- As vantagens de ser invisível.

- Já assisti este filme. - Ele fala.

Ficamos conversando por um bom tempo até ele conseguir sua vez de jogar video game e eu terminei de ver o meu filme.

Hey Angel - Niall HoranOnde histórias criam vida. Descubra agora