Cap. 72

806 62 40
                                    

🔥POV KATNISS🔥

🍼1 MÊS DEPOIS 🍼

-Não é fofo?- olho pra caixa, vendo a pequena mamadeira com desenhos coloridos de urso.

-Muito.

Tento dar um sorriso, mesmo que mínimo. Não obtenho sucesso.

-Você não gostou? Droga, sabia que era melhor a de...

-Eu adorei, de verdade.

Seu celular toca, Annie acabou de receber uma promoção.
Aconteceu o que eu temia, ela irá morar com Finnick em outro país.

-Não quer mesmo ir falar com o...

-De quem você está falando?- estou fingindo que Peeta Mellark não passou de um terrível pesadelo.

-Kat, ele se mudou pro apartamento da frente.

-Quem?

Ela suspira, nesse mês que passou Peeta tem recebido notícias minhas por Annie.

-Você já vai?

-Sim. Meu vôo sai daqui a 1 hora.

-Você vai pra outro país.

-Eu sei, mas ficará melhor pra mim...É uma oportunidade única.

-Sei disso e acredite que fico feliz por você!

Dou um último abraço, o de despedida. Choro como se não houvesse amanhã, os hormônios não ajudam.

-Vai me ligar todos os dias?

-Lógico. Quero notícias atualizadas do meu sobrinho.

-Ou sobrinha!- insisto, ela está apostando todas as fichas num menino.

Seu olhos mostram dor, acho que uma despedida nunca será fácil. Sempre aquela angústia da distância com alguém que tu ama.

-Adeus... Prometo que venho te visitar. Ah, quero você em Toronto!

-Quando der, irei. Adeus, ruiva.

-Amo você, mana!

-Eu também...- com um último afago, ela deixa o apartamento carregando suas malas com a ajuda de Finn.

Sento no sofá, ouvindo o silêncio. Agora me sinto como se voltasse a ter 8 anos, solitária e acabada.

Não tenho amigos. Família.
Só me restou o peixe da Annie pra cuidar.

-Sabe, coisinha, podemos sobreviver.

Levanto pondo algumas bolinhas de comida pro peixe, troco minha roupa colocando uma quente.
Em pleno novembro, a neve cai castigando junto ao frio.

Sento encostando no vidro da porta que da pra sacada, o apartamento do Mellark está com as janelas fechadas. Respiro aliviada, está sendo difícil ignorá-lo.

Meu coração está ferido, bate dolorido com a lembrança daquela maldita noite. Seu sorriso cínico, as mãos naquelas mulheres, seu empurrão em mim, o azul perdido...

Seco as lágrimas, não está dando pra ficar nessa sofrência!
Preciso é arrumar um emprego.
Penso, onde foi que eu vi um anúncio?

Oh claro. No Starbucks!

Coloco um casaco, botas, cachecol, gorro e luvas. Esfrego a barriga trancando meu apartamento, desço abominando o frio cortante.
Converso com a gerente, ela sorri satisfeita, explico minha situação e no que estava trabalhando. Por fim, consigo o emprego.

Luz, Câmera... PROBLEMA!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora