11 - Camila Cabello

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N/a: Olá! Como vocês estão?

Perdoem-me pela falta de postagem ontem, a gripe me pegou e isso acabou interferindo em minha disposição.

Infelizmente essa semana seguiremos com poucos capítulos, mas logo recompenso vocês.

Boa leitura!
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"Tem tanta gente que machuca a gente
Tem tanta gente que não quer viver em paz
Mas tem gente que pensa diferente
Vive o presente como se não houvesse mais
Oportunidade pra ser tudo
Eu quero a vida só se for assim
Não tire o meu medo do escuro
É ele dá coragem pra mim"

Música "Minha Arte" de Lourena e Marcelo Falcão

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- Isso é ridículo.

- Eu sei - Digo.

- É isso?! - Berra Taylor Swift.

Eu me encolho. Ontem à noite, bebi uma garrafa de vinho branco, preparei um bolo com frutas em pȃnico e mal dormi.

Estou frágil demais para gritos.

Estamos sentadas no "espaço criativo" do trabalho, que é igual às duas outras salas de reunião da Press Estrabao, mas, só para me irritar, não tem uma porta normal (para dar a sensação de espaço aberto) e tem quadros brancos na parede. Alguém fez anotações neles uma vez, e agora os registros da "sessão criativa" dessa pessoa estão marcados para sempre em tinta de caneta seca, totalmente incompreensíveis. Swift imprimiu os layouts que discutiríamos na reunião e espalhou pela mesa. É a droga do livro de receitas de bolos e dá para ver que eu estava de ressaca e com pressa quando editei isso.

- Você está me dizendo que viu Shawn em um cruzeiro, que ele lançou um olhar de 'Quero te comer' e você continuou fazendo o que estava fazendo e não viu o cara de novo?

- Pois é... - Repito, numa tristeza absoluta.

- Que ridículo! Por que você não foi atrás dele?

- Eu estava ocupada com a Senhorita Vives! Que, falando nisso, me machucou seriamente. - Conto, tirando o poncho para mostrar a marca avermelhada no lugar em que Lucy espetou meu braço no meio da demonstração.
Taylor dá uma olhada rápida na marca.

- Espero que você tenha diminuído o prazo de entrega do manuscrito dela por causa disso. Tem certeza de que era o Shawn Mendes? Não era outro cara branco de cabelo castanho? Quer dizer, imagino que um cruzeiro seja...

- Taylor, eu conheço a cara do meu ex. - Franzo a testa

- É, bom... - Diz ela, abrindo bem os braços e deslizando os layouts pela mesa.
- Não acredito nisso. É um anticlímax enorme. Achei mesmo que sua história ia acabar com sexo no beliche de uma cabine. Ou no deque! Ou, ou, ou no meio do mar, num bote!

Na verdade, o que aconteceu foi que passei o restante da aula em um suspense paralisado, em pȃnico, tentando desesperadamente fingir que estava ouvindo as instruções de Lucy - "Levante os braços, Camila!", "Cuidado com o cabelo, Camila!" - e, ao mesmo tempo, manter os olhos nos fundos da sala. Realmente achei que tinha imaginado aquilo.

Qual era a probabilidade? Quer dizer, eu sei que o cara gosta de cruzeiros, mas é um país muito grande. Há muitos navios pela costa.

- Me conte de novo - Pede minha diretora.
- Sobre o olhar.

Teto Para Duas - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora