20 - Lauren Jauregui

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N/a: Esse capítulo era para ter sido postado ontem, acabei esquecendo...

Boa leitura!

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"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."

Albert Einstein

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A carta está amassada no bolso da calça. Camila Cabello me pediu para ler antes de mandar para Chris.

Ainda não li. É doloroso.

De repente, tenho certeza de que ela não vai entender. Vai dizer que ele é um criminoso frio e calculista, como o juiz declarou. Que as desculpas dele não fazem sentido, que por causa de sua personalidade e seu passado, ele é exatamente o que todos nós deveríamos esperar.

Estou estressada, ombros tensos.

Mal a vi, mas não consigo deixar de pensar que a latina no fim do corredor da Ala Dorsal era ela.

Se era, espero que não ache que fugi.

Fugi, óbvio.

Mais preferiria que ela não soubesse.
Só... não quero enfrentá-la antes de ler a carta.

Então. Tenho que ler a carta.

Enquanto isso, posso me esconder na Ala Alga para evitar encontros nos corredores.

Passo pela recepção e sou atacada por Verônica Iglesias, a recepcionista.

- Sua amiga chegou!

Só contei para algumas pessoas que a aula de crochê estava sendo organizada pela minha colega de apartamento. Isso acabou virando uma fofoca interessante. Todos parecem grosseiramente surpresos por eu dividir apartamento.

Pelo jeito, tenho cara de mulher que mora sozinha.

- Obrigada, Vero.

- Ela está na Sala de Lazer!

- Obrigada, Verônica.

- Ela é muito bonita.

Pisco. Nunca penso muito na aparência de Camila, a não ser quando me pergunto se ela usa cinco vestidos ao mesmo tempo (explicaria a quantidade de roupa pendurada no armário). Fico tentada a perguntar se é a latina, mas penso melhor.

- Uma moça ótima. Ótima mesmo. Fico tão feliz por você ter achado uma moça tão boa para morar com você...

Encaro Verônica desconfiada.
Ela sorri para mim. Me pergunto com quem ela andou falando.

Holly? Aquela menina está obcecada pela Camila Cabello.

Faço uma tarefa ou outra na Ala Alga. Tiro um intervalo sem precedentes. Não posso adiar mais.

Não há nenhum paciente muito mal para me manter ocupada, não tenho nada para fazer, exceto ler a carta.

Desdobro o papel.

Desvio o olhar, coração disparado.

Isso é ridículo? Por que faz tanta diferença para mim?

Certo.

Olho para a carta. Confronto a carta como uma adulta confrontando a opinião de outra adulta, alguém cuja opinião não deveria importar.

Só que importa.

Teto Para Duas - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora