16 - Lauren Jauregui

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N/a: Escrevi esse capítulo ouvindo Shivers do Ed Sheeran, para quem quiser.

Boa leitura!
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"Exige muito de ti
e espera pouco dos outros.
Assim, evitarás muitos aborrecimentos".

Confúcio Os Analectos.

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Não posso deixar de rir. Isso é típico do Chris. Ele está tentando jogar charme e ganhar a afeição da minha colega de apartamento até da prisão.

Keana se apoia no meu ombro, lendo o bilhete.

- Estou vendo que seu irmão continua o mesmo.

Fico tensa. Ela sente e fica tensa também, mas não nega o que disse nem pede desculpas.

- Ele está tentando deixar as coisas mais leves. Fazer as pessoas rirem. É o jeito dele.

- Bom, e a Camila está disponível?

- Ela é uma pessoa, não uma sala, Keana.

- Você é tão cheia de princípios, Lauren! É uma expressão, "disponível". Você sabe que não estou tentando empurrar a coitada para o Chris.

Há algo de errado com essa frase, mas estou cansada demais para saber o quê.

- Ela está solteira, mas ainda é apaixonada pelo ex.

- É mesmo? - Keana fala interessada

Não consigo entender por que ela se importa agora, sempre que menciono Camila, ela me ignora ou fica irritada. Na verdade, esta é a primeira vez que viemos ao meu apartamento nos últimos meses. Keana tinha a manhã de folga, então veio me ver antes de eu dormir. Ficou irritada com os bilhetes pendurados em todos os cantos, por algum motivo.

- O ex parece normal. Muito pior do que o pedreiro que virou... - Keana revira os olhos.

- Pode parar de falar da droga do livro do pedreiro?

Ela não me julgaria tanto se tivesse lido.

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Algumas semanas depois e temos aquele típico dia ensolarado que só costuma acontecer no exterior. A Inglaterra não está acostumada com tanto calor, especialmente quando chega de forma tão repentina. Ainda é junho, o verão não chegou.

Os passageiros dos trens correm pelas esquinas, a cabeça baixa, como se chovesse, camisas azul-claras manchadas de suor. Adolescentes tiram as camisetas até haver braços e troncos brancos e cotovelos ossudos em todos os cantos. Mal posso me mexer sem ser confrontada por uma pele queimada de sol e/ou calor corporal incômodo vindo de um homem de terno.

Estou voltando da visita à sala de pesquisa do Museu Imperial da Guerra, depois de seguir a última pista na minha busca por Roger White. Na mochila, tenho uma lista com oito nomes. Encontrei os endereços deles depois de vasculhar sem parar o registro, entrar em contato com parentes e procurar na internet, então nada é garantido, mas são um começo, ou, melhor, oito começos.

No fim das contas, o sr. Prior me deu muitas informações para embasar a pesquisa. Basta fazer o homem falar para que se lembre de muito mais do que diz lembrar.

Todos os homens da lista se chamam Roger White. Não sei por onde começar. Escolho o Roger favorito? O que mora mais perto?

Pego telefone e mando mensagem para Camila. Contei a ela sobre a busca pelo Roger White do sr. Prior mês passado. Fiz isso depois de receber uma carta comprida sobre as vantagens e desvantagens de um livro sobre crochê.

Teto Para Duas - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora