A Dama de Vermelho

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Isabella

-- Malu isso não vai dar certo.

-- Pare de ser pessimista Isa, é seu aniversário. Vamos vá se arrumar.

-- E se alguém descobrir? Preciso desse emprego .

-- Isa ninguém vai descobrir por que ninguém vai te reconhecer. Você vai estar de máscara.

-- Ainda não acho isso uma boa idéia. Vou comemorar meu aniversário como penetra numa festa.

-- Vamos Isa. Se troque e fique linda. É aproveite essa noite.

Não sei quem é mais louca aqui.  Malu por inventar esse plano todo ou eu por participar dele. A louca arrumou tudo para eu participar do baile de máscaras, mas se eu for pega estarei na rua. Mas a vontade de aproveitar mesmo que momentaneamente  esse universo que não é o meu me excita.

Pego a caixa que Malu me trouxe e meus olhos brilham quando a abro um lindo vestido longo vermelho, um sapato de salto, e uma máscara que cobrirá boa  parte do meu rosto.

-- Malu de onde você tirou tudo isso?

-- La na loja de aluguel daquela minha tia doida. Você já está pronta.

-- Quase .

-- Então se apresse .

Coloco toda roupa, não tenho jóias, somente um relicário com a foto de minha mãe e uma pulseira que ela me deu com as inicias do meu nome I.M quando eu fiz quinze anos. Me olho no espelho e não acredito no que vejo. Pareço uma artista de TV. Mesmo tendo somente 1.70m fiquei alta com os saltos, mais do que imaginava ficar. Saio do quarto e encontro Malu de boca aberta.

-- Isa você está perfeita. Vamos é hora de arrasar.

Alexandro

Círculo pelo salão do baile sem ser importunado. Ninguém me reconheceu até agora. E isso está sendo divertido. Ninguém puxando meu saco, eu sou simplesmente mais um mascarado. As pessoas normalmente me cercam pelo que tenho ou posso proporcionar. Ser só mais um, pra mim faz toda diferença.

Estou andando pelo salão quando eu vejo uma linda mulher trajando um vestido vermelho, e uma máscara que cobre seu rosto, sendo impossível reconhece - lá.
Noto que ela está isolada, não conversa com ninguém, apenas segura uma taça de champanhe nas mãos, e observa tudo a sua volta. Algo nela me chama atenção., talvez o fato dela não se parecer com as demais mulheres. Ela é elegante mas a forma como se movimenta é delicada e não sedutora ou demonstra ar de superioridade. Como se estivesse alheia a esse mundo de glamour. A tempos não sei o que é flertar com uma mulher. Espero não ter perdido o jeito. Pois quero muito conhecer a mulher que chamou minha atenção, eu nem sei explicar o porquê que dela ter me chamado atenção. Me aproximo dela cautelosamente para não
assusta-la.

-- Boa noite srta. me concede o prazer de uma dança?

-- Boa noite. Me desculpe não sei dançar.

Ela fala sem me olhar.

-- Venha eu lhe conduzo.

Ela parece receiosa. Talvez eu esteja sendo muito atrevido. Ela pode estar acompanhada,  ou ser casada.

-- Desculpe o atrevimento srta. não quis ser inconveniente.

-- Não é isso, eu realmente não sei dançar.

Isabella

Ai meu Deus, a casa caiu. Ele já deve ter se tocado que não sou uma convidada. Permaneço em silêncio.

-- Tudo bem. Não vou insistir. Mas o convite para a dança está de pé.

Ele se movimenta para se afastar. Então nem eu sei de onde tiro coragem para falar e nem sei por que estou falando. Eu devo mesmo ser louca.

-- Tudo bem uma dança. Mas não brigue comigo se eu pisar no seu pé.

Ele sorri, e que sorriso, estende a mão, me conduz até o centro do salão onde alguns casais dançam. E como prometido me conduz.

Sinto um perfume delicioso vindo do pescoço dele. Aquele tipo de perfume que hipnotiza. Não consigo raciocinar direito.

Alexandro

Ela tem uma pele macia, um perfume delicado como ela. Seu corpo está tão leve que consigo conduzi - lá perfeitamente. Tenho vontade de dançar com ela a noite toda. Preciso saber mais sobre esta mulher sem rosto que está mexendo com meus neurônios. A anos não me sinto assim. Pareço um adolescente.

-- Desculpe a indelicadeza, mas não sei seu nome.

-- Pode me chamar de Isa. Ela responde sem me olhar

-- Prazer Isa, pode me chamar de Alex.

Ela me encara. Será que fui descoberto? Ela continua me olhando mas não fala nada  no momento seguinte desvia o olhar.

-- Esta tudo bem com você?

-- Sim só estou um pouco cansada.

-- Se quiser podemos sentar um pouco e apenas conversar.

Ela assenti e eu a conduzo a um lugar mais reservado. Quero saber tudo o que pude sobre ela. Assim que sentamos me apresso em fazer perguntas.

-- Você é casada?

-- Não é você?

-- Fui. Não sou mais

Conversamos por cerca de meia hora. Falamos sobre família embora ela tenha se mostrado relutante, a única informação que me deu foi que tem uma irmã. Evitei falar sobre trabalho para não gerar perguntas delicadas. Depois conversamos amenidades, durante a conversa notei que pouco ela sorria, mas quando o fazia era lindo. Me senti relaxado, a vontade como raramente me sinto.

Do nada ela se levanta e me encara.

-- Tenho que ir.

-- Mas esta cedo

-- Eu realmente preciso ir.

-- Eu te levo. Faço questão.

-- Não!

Ela é ríspida quase grosseria.

-- Me desculpe eu realmente preciso ir.

-- Podemos nos ver novamente?

-- Acho pouco provável. Mas tudo nesta vida é possível

Tiro do meu pescoço uma corrente com um pingente de uma fênix, que uso a exatos dois anos. Quero um pretexto para ve-la novamente.

-- Quero que fique com isso. Como uma lembrança dessa noite.

-- Alex, não posso aceitar...

-- Será uma promessa de que nos veremos novamente. É uma forma de você me sentir por perto.

Ela para pensa. E tira do pulso, a pulseira com as letras I M e me entrega.

-- Essa pulseira tem um significado muito especial para mim. Cuide bom dela.

Ela pega a corrente da minha mão e me deixa ali parado segurando aquela pulseira. Será que a verei novamente.?

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Bom dia amores
Espero que tenham gostado do primeiro capítulo....

Domingo a noite teremos mais

Bjos...
Ruiva

Destinos Traçados - Família Duran (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora