Destinos Traçados - Família Duran (Completo)

De Volta ao Pub - Parte 2

Alexandro

Por incrível que pareça estou super nervoso, estou me sentindo um adolescente que vai ter o primeiro encontro. Minhas mãos estão suando, cada vez que me olho no espelho tenho vontade de trocar a roupa, e  mudar algo.

Isabella

O meu Deus, não consigo decidir o que usar. Até agora só consegui prender o cabelo. Estou super nervosa. Malu já entrou e saiu do quarto umas cem vezes. E desistiu de me ajudar. Não sei o que fazer.

Meia hora depois saio do quarto usando um vestido preto, sapatilhas (porque não sou fã de saltos) e o cabelo com uma trança de lado. Pedi que Alex me encontrasse no pub, mesmo ele insistindo em vir me buscar.

Alexandro

Estou parado na porta do pub, suando frio... cara como essa mulher consegue abalar as minha estruturas, passei de confiante e centrado, a um adolescente medroso.

Cerca de vinte minutos depois, vejo a razão do meu nervosismo chegar toda linda num táxi. Ela não quis que eu fosse busca - lá,  mas não vai me impedir de leva - lá de volta.

-- Boa noite, Isabella.

-- Boa noite, Alex desculpe a demora..

-- A espera foi recompensada pode ter certeza.

Ela fica corada, e ainda mais linda.

-- Venha vamos entrar.

Isabella

Ele está ainda mais lindo, mais gentil. Estou me sentindo num filme. Um príncipe encantado cruzou meu caminho e fez me sentir uma princesa.

Antes de sair de casa tive uma conversa com Malu, e tomei uma decisão muito importante, vou dar uma chance a mim mesma de ser feliz, durante anos me fechei para o mundo é de nada me adiantou. Nunca esqueci o que me aconteceu no passado, preciso recomeçar.

Assim que entramos no pub Alex me conduz para uma mesa que então descobri estar reservada para nós dois. O que em certo modo me deixou aliviada, não me sentirei tão exposta.

Todo gentil ele puxa a cadeira para que eu me sente, logo em seguida senta a minha frente e fixa os olhos nos meu como se quisesse ler minha mente. Tento relaxar o máximo que posso.

-- Se continuar me olhando assim, logo parecerei um pimentão Alex.

Ele sorri, e balança a cabeça.

-- Só ficaria mais linda, mais vou conter a vontade de ficar somente te olhando.

-- Meu excesso de timidez agradece. Dou risada.

Alexandro

-- O que gostaria de beber? Pergunto a ela assim que uma garçonete se aproxima.

-- Nada que cotenha álcool por favor.

-- Traga dois coquetéis sem álcool por favor. Ela anota e se afasta.

-- Você não bebe Alex?

-- Socialmente, uísque, vinho, champanhe. Mas nada quando estou dirigindo. E você não bebe?

-- Somente champanhe. Uma vez por ano.

-- Entendo. Gostaria que me falasse sobre as coisas que você gosta e tudo mais que queira me contar.

Por cerca de uma hora descobri que temos muitas coisas em comum, o fato de termos perdido nossas mães muito cedo e uma delas. Evitamos o assunto família, pois acho que machuca a nos dois. Rimos sobre coisas banais. Até que por um momento Isa se calou e ficou me encarando.

-- Esta tudo bem Isabella?

-- Sim. Só estava me recordando da conversa que tivemos ontem.

-- Algum dos assuntos em especial?

-- Sim. Sobre a chance que você me pediu.

-- E o que tem a me dizer sobre isso? - meu coração parece parar. O medo do que ela tem a me dizer é mais forte que eu.

Isabella

Respiro fundo. Estou certa do que quero, mas isso não quer dizer que eu não tenha medo.

-- Alex, quero que me ouça e por favor não me interrompa, pra mim não é fácil falar coisas assim. Ontem quando me pediu uma oportunidade, minha primeira reação foi negar, e não tem nada haver com a nossa condição social, tenho alguns traumas do passado que me impediram por muito tempo de me relacionar como uma pessoa normal. Ainda não é hora de lhe contar que traumas são esses, só quero deixar claro que....

Paro por alguns segundos e desvio o olhar dele, depois volto a encara-lo.

-- Quero deixar claro que estou disposta a nos dar esta chance. No começo não será fácil, só pesso que não desista de mim. Que tenha um pouco de paciência. Bem é isso...

Ele umedece os lábios e respira fundo ao me olhar.

-- Isabella, sei a pessoa mais paciente do mundo. Quero que de sinta confortável para me contar seus medos quando julgar necessário, e eu o mesmo farei contigo. Só o que eu quero é fazer parte da sua vida, e ser motivo de felicidade nela.

Ele aproxima o rosto do meu lentamente, e me olha como se me pedisse permissão para o que deseja fazer. Minha resposta sai em forma de sorriso. E ele cola os lábios dele nos meus, o meu primeiro beijo.

Alexandro

Sentir o sabor dos lábios dela é como provar o sabor da fruta mais doce. Mesmo tendo provado outros beijos, nada se  compara ao que estou sentindo nesse momento. Me sinto no paraíso, num sonho do qual não desejo acordar.