Capítulo 4

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Lauren on

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Lauren on

A mancomunação das duas me tirou do sério.

- Eu não quero ter filhos, então vê se tira essa ideia ridícula da sua cabeça, Marie. – eu disse irritada e todos ficaram me olhando, surpresos.

Acho que ninguém esperava isso de mim, nem eu própria. Mas nada no mundo vinha me irritado tanto quanto esse assunto de gravidez.

Eu sai da casa pisando duro.

- Não precisava falar assim com ela, Lauren. – Ryan estava me seguindo. E ouvi-lo me deixou ainda mais irritada. Isso porque ele iria começar a defender a bruaca da mãe dele, e eu não estava com um pingo de saco pra escutar. - Eu levo você. - ele disse quando me aproximei do carro.

- Não precisa. – respondi, abri e sentei no banco do motorista, mas Ryan me impediu de fechar a porta, e eu o encarei - O que você quer, Ryan?

- Tem possibilidade de está grávida?

Eu quis dar uma risada debochada, mas a seriedade em seu olhar me deixou hesitante. Normalmente Ryan e eu usávamos camisinha como segundo método contraceptivo, - isso porque eu nunca confiei muito nas pílulas que tinham apenas 98% de eficacia - mas naquele momento, eu me lembrei que eu dispensei a camisinha algumas vezes, como uma especie de presente, já que ele insistia tanto. E juntado ao fato de que ultimamente eu andava com dores de estomago e náuseas, me vi desesperada.

Merda. Eu fui uma mula. E se a pílula tiver falhado?

Minha cabeça estava uma bagunça quando Ryan interrompeu meus pensamentos. – Lauren, te fiz uma pergunta.

-Eu... não sei, não sei. Eu preciso ir. - tentei mais uma vez fechar a porta, sem sucesso.

- Eu não posso deixar você dirigir nesse estado de nervos. Deixa eu te levar? – a voz dele era carinhosa, mas eu não queria companhia, queria enlouquecer sozinha. E pra completar meu estomago tinha voltado a doer.

- Tudo bem, mas eu dirijo. - exigi e ele concordou, mas eu arranquei com o carro antes que ele entrasse.

Minha atitude foi horrível, infantil, eu sei. Mas eu não precisava de alguém me enchendo a cabeça.

Ryan ligou insistentemente no meu celular, mas ignorei. Parei na primeira farmácia que vi aberta e pra completar quase bati no carro da frente. Eu estava transtornada, e as pessoas me olhavam como se eu fosse uma louca.

Parei no balção da farmácia e com a voz tremula disse ao atendente. - Eu quero quatro, daqueles testes de gravidez, do melhor que você tiver. - ele levantou a sobrancelhas me olhando de uma forma estranha e eu completei. - Eu não estou gravida, é só por desencargo de consciência. - não que ele tivesse alguma coisa a ver com isso.

Entrei em casa, tirei os sapatos e as roupas enquanto caminhava apressadamente até o banheiro, tirei todos os testes das embalagens e coloquei sobre a pia. Urinei no potinho como dizia a instrução e coloquei os quatro testes de uma vez só. Enquanto esperava o tempo indicado, quase me descabelei, e jurei a mim mesma que se desse positivo, pularia pela janela. Eu vi a minha vida inteira passar diante dos meus olhos naqueles cinco minutos, que mais pareciam cinco horas.

O filho do meu padrasto |Z.M.| Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora