Capítulo 30

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Zayn on

No dia em que Lauren chegou no aeroporto e eu estava com a aquela placa na mão - que a principio achava que era uma ideia ridícula da Stela - e eu vi o seu rosto se iluminar com um sorriso mais lindo e satisfeito do mundo, eu me senti feliz como não me sentia há muito tempo. Quando eu a abracei e senti seus lábios nos meus, achei por um momento que estava sonhando. E eu estava, não estava? Eu havia sonhado com aquele momento.

Lauren era importante pra mim, mas importante de um jeito diferente de tudo. Enquanto eu a amava – da forma mais intensa e forte que podia – sobre a mesinha da sala, eu me senti sem ar, pela primeira vez na vida não consegui dizer uma palavra, meus sentimentos tinham me dominado de uma forma louca.

E mais tarde, depois de lhe dar com todas as inseguranças da minha garota - que não consegue ver que eu não quero estar com ninguém além dela, que não desejo e nem penso em ninguém que não seja ela – eu a abracei, senti seu calor e dormi com o seu cheiro invadindo meu olfato e acalmando minha mente. As coisas finalmente pareciam estar entrando nos eixos. Lauren estava do meu lado, a porra do lugar, onde ela nunca deveria ter saído.

O dia seguinte passou em um piscar de olhos, eu queria muito ter passado o resto da semana em casa, na verdade o resto do mês, talvez do ano. Caralho, nunca fui muito caseiro, mas não senti a menor vontade de sair. Ficar trancado com a Lauren em casa, parecia a melhor coisa do mundo.

Ela não estava acostumada a me ter assim, tão dedicado e inseguro... Caramba, eu estava inseguro, não queria que ela se sentisse sufocada com a minha necessidade de estar sempre sentindo o corpo dela no meu, e que droga de necessidade era essa? Era realmente uma droga, bastava eu a ver, para meu corpo reagir involuntariamente, minhas pernas caminhavam até ela, minhas mãos a tocavam, minha boca a sentia e lá estava eu... repetidamente, de novo e outra vez a provocando, fazendo com que sentisse vontade de ser minha.

Quando Stela me passou a mensagem, insistindo para sairmos pra jantar, eu fiquei inseguro outra vez, e me perguntei até quando me sentiria assim. Stela mais do que ninguém tinha a perfeita noção do que Lauren significava pra mim, e então da pra imaginar o quanto fiquei louco quando ela começou a me provocar bem na frente da Lauren.

Na minha mente eu imaginei varias cenas engraçadas, em uma delas eu abria a boca de Stela e empurrava a taça de vinho guela a baixo, e foi pensando nisso que eu consegui aguentar até ela quase falar da Emilly.

Permiti que Stela se aproximasse pra se despedir – embora eu estivesse com raiva dela - só pra falar algo em seu ouvido.

– Vou passar a droga do fim de semana tentando consertar o estrago que fez. Segunda feira aparece lá na gravadora, precisamos conversar e estou falando sério. – foi o que eu disse e em troca ela sorriu.

Stela era assim, não me levava a sério, e a culpa era minha, era totalmente minha. Eu gostava dela, criamos um vinculo de amizade que eu nunca tive com nenhuma outra garota, nem mesmo com a puta da Olivia. Mas ser amigo dela, não incluía sabotar meu namoro, e eu tinha que deixar isso claro.

Quando chegamos em casa, eu meio que esperava pelo que viria. Tentei me preparar psicologicamente para encarar a versão furiosa da mulher que eu amo. E confesso que me surpreendi, eu nunca tinha visto ela tão irada.

Eu esperava perguntas sobre as indiretas que a porra do meu casal de amigos soltou durante o caralho do jantar, e voltei a me surpreender – mas me forcei a não demonstrar - quando notei que toda aquela tempestade era por ciumes da Stela, e que alias começou ainda no carro.

Neguei, e negaria mil vezes. Nada me tirava da cabeça que a Lauren não precisava saber das minhas merdas. Não entendia a porra da necessidade que ela tinha em listar todo mundo que eu tinha fodido. Será que ela não via que isso só podia fazer mal.

O filho do meu padrasto |Z.M.| Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora