Capítulo 50

371 38 8
                                    


Lauren on

Uma semana depois de eu dizer a palavra "acabou", e o cara que eu pensei ser homem da minha vida concordar com um " beleza", eu estava no fundo do poço.

Não sei dizer se aqueles dias foram rápidos ou lentos, porque parecia que eu estava tendo um sonho ruim, e em algum momento Zayn me acordaria com aquele sorriso perfeito e me diria que nada daquilo aconteceu de verdade.

Fantasiar essa situação de alguma forma me deu forças para levantar todos os dias de manhã e ir para o hospital ficar com a minha mãe. Eu evitava pensar na realidade, pensar que o Zayn não voltou a me procurar, que ele nem tentou me ligar.

Eu sentia tanto a falta dele, que em muitos momentos o arrependimento borbulhava dentro de mim. E de repente eu estava disposta a ouvi – ló, talvez ele tivesse alguma explicação convincente, e se não tivesse, talvez eu poderia fingir que acreditava em qualquer mentira que ele me contasse.

Eu só queria fazer parar de doer.

Mas então o meu orgulho entrava em jogo e sabiamente me dizia que aquela não era à solução, que na verdade não havia solução.

Ele traiu minha confiança e isso é imperdoável.

Se ele não se importa, eu muito menos.

Eu queria mesmo não me importar.

Claro que o fato da minha mãe ter saído da UTI e o médico ter dito que ela teria alta em breve me alegrou, eu procurava focar nisso durante todo o dia, mas a noite, a noite era quase impossível não ficar depressiva.

Naquela manhã de terça feira minha cabeça estava latejando, eu tinha perfeita noção de que estava parecendo um zumbi, mas eu me importava? Não, nem um pouco. Eu queria que o dia acabasse logo para eu voltar para casa da minha mãe e me afundar no meu travesseiro.

Eu apertei meus olhos para ver se a dor diminuía, e foi nesse momento que eu ouvi a voz da Molly. Ao abrir os olhos eu a vi caminhando em minha direção na sala de espera do hospital. Molly estava com um barrigão enorme e eu me surpreendia toda vez que a via, mas ainda assim ela conseguia ser a gravida mais bonita que eu já tinha visto.

- Oi! – Molly se sentou com certa dificuldade na cadeira ao meu lado e só depois me abraçou, quando se afastou me entregou um pacote da loja de rosquinhas – Eu trouxe para você. – disse alegremente.

Me esforcei para dar o meu melhor sorriso. – Obrigada, não precisava.

Molly me analisou e fez uma careta – Você está pálida, seus lábios estão brancos, você está bem?

Eu estou bem? Não, eu não me sinto bem.

Sorri novamente, só eu sei o quando isso me custou. – Eu estou bem, eu só esqueci do batom. Você veio sozinha? – mudei de assunto.

Molly não pareceu acreditar em mim, mas respondeu minha pergunta. – Não, a Patty veio comigo. Minha mãe não pode me acompanhar hoje, eu disse para o Niall que eu poderia pegar um taxi e vir sozinha, mas ele ligou pra Patty porque acha que eu preciso de babá.

- Ele está certo, você pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento, devia ficar de repouso. – passei a mão pelo barrigão dela na esperança de sentir o bebê, parecia que ele entrava em sono profundo sempre que eu estava por perto. Eu verdadeiramente amava aquela barriga, e muito mais aquele bebezinho que estava lá dentro.

- Não estou doente, estou gravida. – reclamou.

- Eu sei, mas a bolsa pode estourar no meio da rua, já pensou nisso?

O filho do meu padrasto |Z.M.| Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora