01. Fogo contra fogo

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Sim, eu sei, é chato deixar uma nota no início do capítulo, ainda mais quando se é um apelo, mas eu preciso pedir.

Please, votem, comentem, interajam. Às vezes, eu sinto falta de comentários :/

Podem criticar, eu não vejo problemas. Podem elogiar também hahá. O importante é você se manifestar, não seja um leitor fantasma.

(E preste a atenção na letra da música do vídeo acima, é bem interessante e condiz muito com a vida do nosso protagonista sofredor, aparentemente).

Basicamente, era isso. Por ora, boa leitura!


O refeitório estava bonito naquela noite. Além do show de luzes e da música romântica, bexigas vermelhas e rosas decoravam todo o ambiente, algumas pendendo do teto, outras grudadas nas paredes. Perto da cantina, as mesas estavam aglomeradas e cheias de comida, a maioria com formato de corações – maçãs do amor, espetinhos de morango trufado, bombons de prestígio e bolos –, onde alguns alunos comiam enquanto curtiam a festa. O restante do pátio estava livre para casais – ou não – dançarem, e havia pessoas que sequer estudavam no colégio Martins, isso porque, provavelmente, namoravam alguém que estudava. E o refeitório estava cheio.

Eu nunca fui de dançar, e nem mesmo levava jeito, mas quando a sua namorada praticamente lhe obriga a acompanhá-la no baile do Dia dos Namorados da escola, não há para onde fugir, não é mesmo? A música, pelo menos, não era tão lenta. Não que isso ajudasse.

- Meu Deus, quando você disse que não sabia dançar, eu não imaginava que era tão ruim assim. – Sophia riu divertidamente, meio que me conduzindo durante a dança. Embora houvessem mais casais em nossa volta, eu me sentia o centro das atenções. Talvez porque não sabia mesmo dançar, e aquilo era... vergonhoso, digamos assim.

- Você fala isso porque fez ballet a vida inteira – tentei argumentar.

- Isso não é motivo – Sophia rebateu. Mas eu sabia que ela não se importava realmente com o meu desajeitamento. Pelo contrário: ela parecia cuidadosa.

- Eu já estou bem – tentei despreocupá-la. – Não vê que até já engordei alguns quilos?

- Ainda assim... foi recente, né? Você ainda está se recuperando.

- Já faz quase dois meses que eu recebi alta, Sophia. Qual é! E além do mais, você sabe muito bem que eu já estou até treinando. – Treinando até demais. Hara estava sendo o meu treinador, já que o meu tio Michael ainda estava em Belém, cuidando da minha avó. Diferentemente de quando me treinou no meu subconsciente, Hara estava pegando muito pesado. Muito mesmo. Eu não imaginava que a Ko-Kyuketsuki era tão pesada.

Sophia não disse nada, só continuou dançando, o que já resumia tudo o que pensava: ela era contra esses meus treinos, dizendo que a minha saúde ainda não estava cem por cento. O problema era que eu não podia ficar perdendo tempo enquanto a Eclipse do Caos estava à solta por aí. Precisava ficar mais forte. Até mesmo já estava aprimorando melhor o meu Modo Elementar.

Então começou a tocar A Thousand Years, o que me deixou ainda mais sem jeito, e eu tive a certeza que enrubesci. Felizmente, Sophia não estava me vendo, visto que estávamos agarrados.

- E como vai, hã, o seu treino? – decidi puxar o assunto, para quebrar a tensão.

- Até que vai bem. Eu percebi que era patricinha demais. – Eu caí na gargalhada. – Idiota. – Sophia também riu.

Caçador Herdeiro (5) - Fogo Traiçoeiro | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora