09. Batalha entre: amigos ou inimigos?

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Vocês estão de prova que estou postando os capítulos nos dias certos, mas estou sentindo a falta de votos e comentários. Fazendo isso, você automaticamente ajuda a divulgar a história. E aí, posso contar contigo? :)

Boa leitura!


Pulando através dos telhados orientais na direção da lua cheia de forma rápida e sutil, ninguém conseguia notá-lo. Não foi difícil entrar na Cidade Kido: bastou escalar os muros gigantescos utilizando a habilidade que adquirira nos últimos meses, concentrando fogo nos pés e chegando ao topo com facilidade. Se esgueirar através das casas também não foi problema. Chegou fácil ao Palácio do Fogo, e encarou a gigantesca construção vermelha com um sorriso sombrio estampado num rosto que não combinava nadinha com a maldade que era transmitida pelos seus olhos.

A noite estava fria e silenciosa, mesmo com todos aqueles rios vermelhos que conectavam o Fosso de Lava aos oito vulcões que cercavam a cidade. Não que isso fosse pará-lo; ele avançou através da ponte que passava sobre o fosso e, novamente com extrema facilidade, escalou a parede vermelha do palácio e chegou ao telhado, olhando de esgueira para o terraço à sua frente.

Alguns guardas andavam espalhados pelas plataformas que ligavam as três torres do edifício às escadas do lado oposto. Diogo precisava agir com cautela. Ser percebido na sede de seu clã poderia resultar em sua morte, visto que as duas torres laterais eram cheias de caçadores que faziam parte de um dos clãs mais poderosos do mundo. E a única forma de alcançar a Torre do Tesouro era derrubando os cinco guardas.

Avançou agachado com a sua Takohyusei empunhada e derrubou o primeiro com um golpe certeiro no coração. Puxou seu corpo para fora da plataforma e o colocou no telhado. A escuridão da noite era a sua vantagem momentânea. Precisava ser rápido.

A Torre do Tesouro estava a poucos metros às suas costas, protegida pelo fogo vermelho que era jorrado para cima a partir do chão em quatro linhas retas, como se houvesse quatro mangueiras abaixo da plataforma, numa trilha sonora incessante que ocultaria o gemido de morte dos guardas que precisava derrubar; funcionou com o primeiro. Agora, só faltavam mais quatro.

Dois deles conversavam próximo ao cruzamento entre os três caminhos que ligavam a plataforma principal às três torres vermelhas. Pareciam distraídos, talvez por não esperarem uma invasão como aquela. Diogo avançou na direção deles e sacou sua Ko-Kyuketsuki. Com as duas espadas empunhadas, conseguiu chegar aos inimigos sem ser notado e, simultaneamente, matou os dois homens atravessando-lhes o coração e os puxou para o telhado.

Só faltavam dois. Um estava à direita, próximo à primeira escada que levava ao interior do palácio, e o outro estava à esquerda, próximo à outra escada. Nenhum deles haviam notado as três mortes da noite. Diogo avançou para o primeiro, guardando a sua Ko-Kyuketsuki. Chegou perto o suficiente e o matou.

Virou-se para o último guarda.

O guarda também se virou.

E arregalou os olhos.

Diogo correu em sua direção no momento em que o guarda puxou o que parecia ser um rádio transmissor, daqueles que policiais utilizam para se comunicar, então usou o seu superimpulso. Seu salto foi tão arrojado que Diogo estava praticamente voando na direção do caçador, que até sacou a sua espada para se proteger, mas foi interceptado com um golpe rápido, e logo estava desarmado. Diogo aterrissou e desferiu um golpe frio, rápido e mortal – perfurando sua lâmina dourada no coração do inimigo, que caiu no chão num baque mudo e com um corte no peito que, agora, espalhava sangue pelo chão.

Caçador Herdeiro (5) - Fogo Traiçoeiro | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora