Capitulo 21

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Eu fiquei ali parada na sala de casa, por vários minutos sem nem sequer me mover do lugar onde eu estava. Eu sentia como que se eu me mexesse, o teto desabaria sobre mim e eu morreria esmagada por ele.

Meu irmão chegou de uma forma, que eu nunca o vi chegar antes. Ele parecia estar tendo um surto psicótico, e eu não parava de me perguntar se a culpa era minha. Será que foi pelo que eu contei ?

Eu sabia que ele ficaria abalado, chateado, mas não dessa forma, como se o traído fosse ele. Afinal, ele também me confessou amar uma mulher casada — Que até hoje não me disse o nome dela.

Assim que sai do transe em que eu me encontrava, resolvi limpar os cacos de porcelana que sobraram da xícara. — Era a xícara preferia da minha Mãe — Mamãe teria que aprender a usar outra.

20 minutos depois...

Lian ??? — Arrisquei chamar, seu quarto estava silencioso. — Lian ???? — Chamei, dessa vez mais alto.

Ele não me respondeu, e então eu acabei desistindo e fui para o meu quarto, trancando a porta com chave — Sim, eu estava com medo do meu próprio irmão.

                       *****

O despertador começa a tocar.

Eu acordei com um susto, assim que o despertador tocou, essa havia sido uma madrugada tensa, eu mal havia dormido, e agora o meu corpo sentia as consequências.

Eu estava com dor de cabeça, e cheia de dor pelo corpo. — A dor provavelmente, era por ter apanhado da Mille — Me olhei no espelho e reparei que os hematomas estavam bem mais fortes que na noite anterior.

Logo após tomar banho, alcancei minha necesser e comecei a procurar a base reparadora, — Eu mal usava ela, e agora finalmente ela me seria realmente útil. — Comecei passando na região do rosto e em seguida nos braços, me troquei e desci para tomar café, eram 7:05 da manhã.

                       ****

— Bom dia Gina. — Cheguei no serviço às 7:55, e a cumprimentei, ela já estava ocupada em suas funções.

— Bom dia, nossa ! você está um caco, o que aconteceu ? Participou de alguma briga de galo ? — Ela me perguntou, assim que pousou os olhos sobre mim.

— Pior.. Muito pior. Da pra ver tanto assim é ? — Perguntei preocupada, pois eu não queria que a Clara reparasse. — Eu tentei esconder, pelo visto só deu certo na minha cabeça né ? — Perguntei, mais afirmando do que perguntando.

— Bom, não tá tão mal assim. — Ela estava mentindo.

Resolvi deixar pra lá, não queria prolongar esse assunto desagradável, se a base não havia coberto todos os hematomas como eu imaginei que tinha, paciência !

20 minutos depois...

— Que bom Jennyffer ! chegou dentro do horário — A Clara — Minha Gerente — saiu da sala de contabilidade já falando comigo, quando ela cismava com algo, era difícil faze-la esquecer.

— Sim, aquele atraso de ontem não irá mais se repetir. — Respondi de cabeça baixa, e finjindo estar interessada em uns papéis, para que ela não reparasse muito em mim.

— Acho isso excelente, afinal, eu já tenho problemas demais tentando reparar os danos causados por aquele assalto dos diabos. — Ela completou, se virando para a sala onde ficava todo o estoque de jóias da loja.

Ela estava visivelmente alterada, nervosa e tensa, agradeci aos céus por não ter me atrasado hoje, com certeza eu seria mandada para o olho da rua.

O Marido da minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora