Capitulo 59

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— Jenny calma ! Porquê tanta pressa ? — O Jason me perguntou, com os olhos arregalados de preocupação.

Assim que a minha Mãe desligou o telefone, tudo o que eu conseguia pensar era que isso não podia estar acontecendo. E então eu vi o Jason e a Julinha enfim saindo pelo corredor que levava a sala da psicóloga, não sei dizer por quanto tempo eu fiquei ali sentada pensando, antes que eles aparecessem... Só sei que quando os vi, me levantei correndo e sai os arrastando.

— A minha Mãe Jason ! Ela está vindo pra cá, pode chegar a qualquer momento e eu tenho que estar em casa. Ela não pode saber o que aconteceu ! — Respondi afobada, enquanto discava para pedir um táxi já na calçada, fora da Delegacia.

— A tia Joana está vindo pra cá Jenny ? — A Julinha perguntou, em um tom um pouco distante de quem ainda não saiu completamente de um transe.

— Está Ju... — Respirei fundo, me ajoelhei diante dela e comecei a falar — Olha, eu sei que parece tudo muito confuso agora... Mas eu quero te pedir pra não dizer nada a Minha Mãe sobre o que aconteceu... — Completei.

— Mas porquê ? — Ela me perguntou, me olhando nos olhos. O olhar dela.. Não se parecia em nada com o olhar de uma Criança.

— Porquê eu preciso pensar em como dizer a ela.. A minha Mãe pode passar mal e eu tenho muito medo... Tudo bem ? Você pode guardar segredo ? — Pedi outra vez, me levantando do chão, e o olhar dela me seguiu.

Na verdade eu achava inútil.. Pois o máximo que eu conseguiria esconder o que aconteceu da minha Mãe, eram algumas poucas horas... Pois quando ela percebesse que os meninos não chegavam, me colocaria contra a parede. Mas mesmo assim.. eu ainda tenho esperanças de que eles apareçam até o anoitecer.

— Jennyffer... — O Jason se pronunciou. — Você não vai conseguir esconder muito tempo, a sua Mãe vai acabar percebendo.. Começando pela sua aparência. — Completou, hesitando um pouco nessa última frase, como que com medo de me magoar.

— Eu só preciso de algumas horas... Só isso. — Respondi. — Eu preciso ter esperanças Jason, eles vão aparecer.... — Eu realmente acreditava nisso.

— Que você esteja certa. — Ele respondeu, colocando sua mão direita em meu ombro, a Julinha permaneceu calada.

5 minutos depois.. O táxi chegou.

No caminho até a minha casa eu não conseguia parar de pensar o que eu faria se por acaso a minha Mãe já estivesse sentada no sofá da minha casa me esperando chegar — Já que a algum tempo atrás eu dei a ela uma cópia das chaves do portão e da casa — ela com certeza não estaria com uma cara nada boa. O que eu diria ? Eu não fazia ideia, mas era bom eu começar a pensar.. Porque eu não tinha muito tempo.

Alguns minutos depois..

Jack ? — Perguntei, enquanto descia do táxi com a Julinha e o Jason pagava o motorista.

— Até que enfim ! É a segunda vez que venho aqui e nada de vocês ! — Ele respondeu preocupado e com afobação.

— Oh Jack, me desculpa... Estávamos na delegacia. — Respondi, me lembrando de que na noite anterior eu havia pedido que ele viesse. — Que cabeça a minha !

— Delegacia ? — Ele arqueou uma sombrancelha com uma careta — Eu não estou entendendo...

— Eai Jack. — O Jason o cumprimentou se aproximando de nós, com um abraço de irmão. E ele correspondeu.

— Fala Jason... como cê tá cara ? — Ele respondeu com uma pergunta, mas não esperava resposta. — Oi Julinha. — Cumprimentou a menina, Passando a mão na cabeça dela.

O Marido da minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora