O Marido da minha Melhor Amiga

Capitulo 5

— Porque você faz isso ? — Perguntei agoniada.

— Isso o que ? — Ele quis saber.

Ou ele era um idiota, ou ele se fazia de idiota; Eu fico com a primeira opção.

— Fica me provocando na sua casa, a Mille pode perceber Jason, para com isso, ou você vai me obrigar a me afastar de vocês, É isso que você quer ? — Eu perguntei, tentando parecer bem séria.

Eu já nem estava mais com raiva, eu estava era cansada, exausta com toda aquela situação.

— Eu não me lembro de ter feito isso. — Ele ainda teve a cara de pau de negar.

Eu não consigo acreditar que ele ainda teve essa coragem. Como pode existir tanto sinismo em uma única pessoa ?

— Eu já estou de saco cheio disso, não tenho nem palavras para descrever o que eu penso de você, muito menos para descrever o que eu sinto em relação a tudo isso que está acontecendo. E a culpa é sua. Você é desprezivel sabia ? — Tentei ataca-lo, eu queria faze-lo sentir-se culpado, mas assim como eu já esperava, não adiantou de nada.

— Sabia sim. — Ele me respondeu calmamente, enquanto fazia uma ultrapassagem na avenida.

Então eu me alterei.

— Para o carro Jason, me deixa aqui. Vou chamar um taxi. Muito Obrigada ! — Ordenei.

— De jeito nenhum.. a Mille me mataria se soubesse que eu deixei você sozinha aqui a essa hora da noite.

— Ela faria muito bem em te matar, para esse carro ! — Exigi nervosa.

— Não Jenny, pode aparecer um Maníaco e te fazer algum mal.— Dessa vez ele não estava zombando, seu tom de voz era de preocupação.

Sim eu sei, deveria ter ficado calada, levantado a bandeira da paz e dado uma trégua, mas eu não me aguentei, eu só queria ofende-lo de qualquer maneira.

Então eu respondi :

— Eu não ligo, não tenho medo, não me preocupa nem um pouco o que um Maníaco ou um Homem qualquer possa me fazer lá fora. — Dei uma pequena pausa para respirar e completei. — Afinal de contas, o pior de todos eles está aqui comigo, dentro desse carro.

Após completar a minha frase, eu pensei que ele fosse revidar, ficar com raiva ou até mesmo dar aquela risada debochada, que é tão típica dele.

Mas não, ele nem se virou para me olhar, não me respondeu nem fez nada, apenas continuou dirigindo calado, seu semblante havia mudado.

Eu que havia pensado em exigir que ele parasse o carro mais uma vez, acabei ficando sem fala, dessa vez a ofensa havia acertado em cheio.

E o pior de tudo, é que eu pensei que fosse me sentir melhor, mais aliviada, eu queria tanto abaixar a crista dele, mas acabei abaixando a minha também.

Acabou que no final das contas.. Eu percebi que preferia mil vezes que ele tivesse revidado, sei lá, dito alguma coisa. Eu me senti tão mal, uma pessima pessoa, doeu em mim velo daquele jeito, tão pra baixo.

Alguns minutos depois...

— Chegamos, pode descer. — Ele quebrou o silêncio, já estávamos em frente ao meu portão.

— Obrigada. — Fui capaz de responder apenas isso.

No momento em que eu tirei o cinto de segurança, abri a porta e me preparava para sair do carro, ele impulsionou o corpo para a frente e me puxou pelo braço.

Eu cai quase deitada em cima dele, nossos rostos bem colados, e então ele me beijou.

Me beijou com paixão, era um beijo suave e violento ao mesmo tempo, ele parecia estar sedento de amor, invadia a minha boca com a lingua como se o mundo fosse acabar ali, ele me apertava contra o corpo dele de uma forma, que eu pude sentir sua ereção por baixo da calça Jeans. Eu senti o liquido quente que escorria de mim e molhava minha calcinha no meio das minhas pernas, estava louca por aquele homem, eu me entregaria para ele ali dentro do carro mesmo.

Algo dentro de mim mandava eu continuar, mesmo que a minha mente me dissesse para me afastar, que estava errado. Eu não conseguia, eu não queria afastá-lo de mim naquele momento.

E de repente.. para minha surpresa e desconsolo, foi ele quem se afastou ao me empurrar e dizer :

— Vai Jenny, desce, já chegamos na sua casa. — E em seu olhar, não havia nenhuma expressão.