11. Infantil e Desnecessário

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        O primeiro jogo de Quadribol estava próximo e, com isso, James se tornava exatamente o exigente Capitão que havia falado. Não dava brecha para os times — principalmente da Sonserina — marcarem com os diretores das casas um horário para o treino, visto que ele havia reservado vários dias. A diretora da Grifinória, Minerva, tivera que conversar com o garoto sobre o excesso dos treinos e a falta de tempo para os jogadores fazerem os milhares de trabalhos pedidos. Depois disso, James marcou apenas um treino por semana.

        — Temos que começar esse primeiro jogo ganhando. — repetia James em todos os treinos. — Quanto mais pontos conseguirmos acumular logo no começo, melhor. Sei que isso não garante o fim, mas, se sairmos na frente, temos como tentar manter. Se já começarmos em último será pior para alcançar o topo depois.

        Enquanto as garotas da Grifinória aguentavam a pressão do jogo de um lado, do outro aturavam Louise e as amigas lançando olhares nada contentes para elas pelos corredores — as garotas da Sonserina pareciam estar planejando a morte do grupo de Ilvermorny.

        — Tinha vontade de ir lá perguntar se perderam alguma coisa por aqui. — resmungou Crystal, certa segunda-feira, de cara amarrada. O quinteto havia esbarrado com Louise e sua trupe e trocado olhares nada amigáveis. — Não deviam ter nos segurado. Deviam ter nos apoiado. — disse à Alex e Dora.

        — Não gosto de brigas. — disse a garota, que usava seus habituais cabelos roxos. — E não acho que valha a pena perder tempo com elas.

        — Verdade. — concordou o menino. — Elas não valem a detenção que vocês podem tomar ao se envolver em uma briga, muito menos os pontos que podem perder para a Casa de vocês.

        — Mas não fazer nada é como falar para elas "podem continuar, estão conseguindo o que querem". — foi a vez de Aurora resmungar. — Porque elas tem plena ideia de que isso nos irrita profundamente.

        — Se elas estão entendendo, é porque vocês deixam muito na cara o descontentamento de vocês. — contrapôs Alex.

        — É lógico que deixamos! — exclamou Crystal irritada. — É só o que podemos fazer já que vocês não nos deixam tomar satisfação.

        — Não dá pra entender vocês duas... Uma hora querem se matar, outra se defendem com unhas e dentes. — comentou Dora, balançando a cabeça.

        — Mas dessa vez até eu tenho que concordar com elas. — intrometeu-se Alice. — Aquelas garotas já estão irritando com essa mania de ficar nos olhando daquela maneira. Até eu tenho vontade de ir perguntar se perderam algo.

        A conversa seguiu até o grupo chegar ao Salão Principal para o almoço. Dora e Alex acompanharam as meninas da Grifinória até a mesa delas afim de acalmá-las. Os Marotos já estavam sentados conversando animadamente quando avistaram o grupo e acenaram.

        — Bom dia, meninas. — James disse de forma galanteadora. Crystal, que até o momento estava séria, soltou uma risada.

        — Ah, obrigado, James. — Alex suspirou. — Não aguentava mais a cara feia dela. Agora faltam duas. — apontou Aurora e Alice, que haviam se sentando sem mudar nem um pouco suas feições.

        — O que houve? — perguntou Remus.

        — Esbarramos com Louise e sua trupe de novo. — resumiu Dora, rolando os olhos. — A diferença é que, dessa vez, Alex e eu tivemos que segurar essas três para evitar que fossem tirar satisfação.

𝗠𝗨𝗧𝗔𝗧𝗜𝗦 𝗠𝗨𝗧𝗔𝗡𝗗𝗜𝗦,	𝒔𝒊𝒓𝒊𝒖𝒔 𝒃𝒍𝒂𝒄𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora