XI - Não perca o controle.

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Dancei com Póllux não sei quantas músicas. Percebi que ele não tinha o menor problema em acompanhar meu ritmo o que era bom, porque estava longe de ficar cansada. Quando a música lenta acabou o puxei para a mesa do ponche, estava com sede e calor. Coloquei um pouco do liquido cor de rosa em um copo de plástico cor de abobora enquanto meu namorado abraçava-me por trás. Beberiquei para sentir o gosto da bebida. O gosto de tute-frute era levemente enjoativo para meu paladar sensível, mas dava para beber. Quase engasguei ao senti os lábios quentes de Póllux contra minha nuca causando-me arrepios. Coloquei o copo com o ponche meio bebido sobre a mesa e virei.

- Quer que lhe conceda seu primeiro desejo? – Espalmei as mãos em seu peito sentindo seus músculos por baixo da camisa.

- Macaco gosta de banana? – O moreno riu e segurou minha cintura com mais firmeza.

Rindo como duas crianças travessas fomos para os vestiários. Chegando lá ele me pressionou contra um armário e grudou seu corpo contra o meu. Embrenhei minhas mãos em seus cabelos curtos e uni nossos lábios. A princípio dominei a situação, mas logo Póllux mostrou que o que dizem a respeito dos italianos é realmente verdade. Sua boca exigia sedenta tudo o que a minha podia dá.

Quando o ar faltou ele foi para meu pescoço subindo para minha orelha onde capturou o lóbulo. Arfei apertando-me mais contra ele e procurei por sua boca atrevida. Era oficial estava perdendo o juízo que não tinha. Meu celular vibrou no bolso de minha fantasia obrigando-me a afastar-me dele.

- Agora não. - Choraminguei.

- Atende. Pode ser importante. – Póllux riu contra meus lábios.

- É bom que seja mesmo. – Revirei os olhos e peguei o aparelho inconveniente. Na tela brilhava uma mensagem de Melissa. Vou ter uma conversinha com minha prima a respeito de cortar o barato dos outros.

"Onde você está?"

"Meio ocupada no momento. Qual é a emergência?" Quase soltei meu celular quando meu namorado mordiscou meu pescoço.

- Comporte-se. - Soquei o braço dele arrancando uma de suas risadas gostosas.

"Só que está ficando tarde e não estou a fim de levar sermão logo na minha primeira festa e isso aqui já deu o que tinha que dá." Diga por você Melzinha.

"Qual é Mel? A noite é uma criança."

"Certo. Não vou estragar sua noite. Vou para casa sozinha."

- Que dramática. – Bufei.

- Que houve? – Póllux olhou-me preocupado.

- Não é nada. Mel que que ir embora. Está falando que vai sozinha. – Fiz bico. – Não quero ir agora.

- Não faz essa cara malvadinha. – O moreno selou-me. – Dá um desconto a ela. Mel está sozinha. Não deve estar sendo uma festa muito divertida para ela.

- É. Eu sei. – Revirei os olhos detestava quando ele tinha razão.

"Me espera na moto. Já estou indo." Enviei e guardei o celular.

- A gente se vê amanhã?

- Bem que eu gostaria, mas vou viajar com meus pais. – Meu namorado fez biquinho. Céus esse garoto gosta de brincar com fogo.

- Tudo bem. Não dá para competir com meus sogrinhos.

- Eles querem te conhecer. – Opa! Não se joga uma bomba dessa assim meu querido.

- Vamos marcar um dia. Agora preciso ir antes que mel dê a loca e vá embora. – Mordi seu lábio inferior o puxando de leve. – Até segunda.

Cheguei em casa passava das duas da manhã. Entrei de fininho constatando que meus pais não estavam, porque nenhum dos dois me interceptou. Contente igual a pinto no lixo subi para meu quarto. Joguei-me em minha cama sem tirar a fantasia, ainda sentia o gosto dos beijos de Póllux. Não importava quantas vezes nos beijávamos eu sempre ficava em êxtase e com toda certeza com um sorriso idiota no rosto.

Guardiões - Descendentes. Vol 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora