LXIV - Caindo na real.

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Assim que estacionei a moto percebi que minha garota não estava em um de seus melhores dias. Safira ostentava um ar desanimado quando a peguei em casa, sua aura animada de sempre não se fazia presente.

- Bom dia Saff. – A cumprimentei tirando o capacete.

- Bom dia Chris. – A resposta dela foi sussurrada. Saff estava abatida e meio pálida, as olheiras denunciavam que ela não havia dormido muito bem na noite passada.

- Está tudo bem? - Toquei sua face sentindo a pele febril. - Você está com febre. – Constatei.

- Deve ser apenas uma virose passageira nada demais. - Ela fez pouco caso dando de ombros.

- Melhor ficar em casa. - Insisti.

- Não. Vou ficar bem. - Os grandes olhos castanhos da líder de torcida me fitaram pidões.

- Certo; mas se não melhorar te trago para casa e vou garantir que fique de repouso nem que tenha que te amarrar na cama. - Esperava que minha ameaça soasse convincente.

- Ora meu querido, se quer me amarrar na cama não precisa esperar que eu fique doente. - A líder de torcida sorriu maliciosa mostrando um pouco de seu humor rotineiro.

- Aparentemente o caso não é assim tão sério. - Revirei os olhos, era o que esperava. - Vamos senhorita? - Entreguei-lhe o capacete.

- Sim senhor. - Ela pegou o objeto de minha mão e o colocou. Assim que ela estava segura em minha garupa acelerei.

Na escola diferente dos outros dias que costumava ficar do lado de fora até que o sinal tocasse, entrei com minha namorada e procuramos por um banco para sentarmos. Encontramos um banco desocupado protegido pela coma de uma árvore frondosa no lado oeste do campus. Dali era possível ver, mas não ser visto; só se chegassem perto o suficiente, sentei-me e em seguida Safira sentou-se em meu colo.

Estava preocupado com a palidez de seu rosto e começava a me arrepender de tê-la trazido e não ter insistido para que ficasse em casa.

- Não fica preocupado. - Minha namorada enlaçou meu pescoço e passou a deslizar os dedos finos por minha nuca causando arrepios.

- Claro que me preocupo. - Sustentei o olhar dela.

- Tão fofo. - Saff roçou o nariz no meu antes de cobrir meus lábios com os dela.

O gosto do gloss de morango dela era viciante. Minha respiração disparou conforme aprofundava o beijo. Segurei sua cintura com firmeza sentindo-me incapaz de terminar aquele ato, era como se nossas bocas estivessem grudadas com uma supercola, nem mesmo a falta de ar que começava a fazer meus pulmões arderem era capaz de me fazer querer separar-me dela.

Arfei contra a boca dela ao senti-la rebolar em meu colo, surpreendi-me com a ousadia da garota; mas estava letárgico demais para pensar como aquilo era perigoso. Poderíamos sermos pegos facilmente ali; no entanto o momento envolvia-me de tal jeito que a única coisa que se passava por minha mente em branco era que precisava acompanhá-la. Capturei os lábios delas, levei uma das mãos até um de seus seios e o apertei, Safira sorriu entre o beijo e intensificou os movimentos com os quadris. Sentia minha excitação roçando contra a intimidade coberta dela. Sentia-me corajoso o suficiente para lavar a outra mão para sua bunda.

Somente o sinal para que entraremos para a sala soou que nos obrigamos a parar. Safira deixou um murmúrio baixo descontente escapar ainda com os lábios nos meus, também não estava nem um pouco satisfeito com a interrupção. Meu peito subia e descia como se tivesse acabado de correr sem parar, o interessante é que estava cansado também; mas ainda assim estava disposto a iniciar outro beijo, mesmo que isso nos custasse chegar atrasado. Era um pensamento irracional e nem um pouco característico meu, toda via não estava me impostando nem um pouco.

Guardiões - Descendentes. Vol 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora