XXX- Operação festa de Arromba

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Parei a land rover uma rua abaixo de distância da casa do árabe, estava ansiosa porque era a primeira missão com nossos pais onde não seriamos meros espectadores. Claro que isso colocava mais responsabilidade sobre nossos ombros, porque se fizéssemos besteira seria a primeira e última. Essa tensão toda era refletida em cada um de meus amigos. Meu irmão não falava desde que saímos de casa e isso foi a quase quarenta minutos, ele só pode estar muito ervoso para não está tagarelando em meu ouvido e enchendo minha paciência. Mel não parava de olhar o celular, não sei se esperava uma ligação do gato dela ou se estava vendo as horas; seja lá qual for o motivo eu estava prestes a jogar o i-fone dela pela janela. Aly estava meio verde e com a maior cara de "onde é que eu estava com a cabeça quando pedi para participar dessa maluquice?" É tudo está nos conformes.

- Ok pessoal, vamos repassar o plano uma última vez. – Desliguei o carro. – Nossos pais a essa hora já estão lá dentro e nós somos os garçons mais atrasados de todos os tempos. Mel vai ser a responsável por nos colocar na festa passado uma conversa nos seguranças. Lá dentro nós quatro iremos nos misturar entre os outros garçons vamos entrar no escritório do anfitrião para procurar qualquer coisa que mostre que ele realmente faz parte da seita do Acrab e qualquer possível novo plano deles. Aly você vai ter acesso a nossos comunicadores e estará ouvindo tudo em tempo real, cada comunicador tem um rastreador para que possa seguir nossos passos.

- Ou seja, nada de falar abobrinha mana. – Chris finalmente resolveu falar e quase preferi que ele continuasse quieto. – E eu vou colocar rastreadores nos seguranças e em qualquer um que seja uma ameaça a missão.

- Se qualquer um desses seguranças se aproximar da posição de vocês aviso pelo comunicador.

- Exatamente Aly. O plano é simples, mas até os mais simples dos planos podem falhar e se isso acontecer você vai dá o fora daqui. Com isso aqui você abre a garagem e aqui está minha chave de casa, nos espere lá entendido? – Entreguei o controle remoto da garagem e minhas chaves da casa. – A chave do carro estará na ignição.

- Charlie, você sabe que não tenho carteira não é? – A morena me olhou receosa.

- Não esquenta gata, só não arranha a pintura do carro. Papai morre de ciúmes desse dessa belezinha. – Pisquei para ela tentando quebrar o gelo e passar confiança. – Vai dá tudo certo, já fizemos coisas bem mais perigosas. Isso aqui vai ser como um passeio no parque. – Ao saímos do carro ouvimos as portas sendo travadas, garota esperta. Qualquer um que passasse por ali só veria um carro estacionado, o vidro escuro não permitia que vissem o interior.

Fomos para a entrada de funcionários bem no momento em que a vã do bufê estava descarregando. A oportunidade não poderia ser mais perfeita. Foi mamão com açúcar nos misturar aos empregados que levavam os caixotes com comidas e bebidas para dentro da mansão.

- E aí, beleza? – Cumprimentei um dos seguranças que nem pareceu reparar que nós não estávamos ali antes. Colocamos as caixas na cozinha e tratamos de pegar cada um uma bandeja com aperitivos e seguimos para a sala onde os figurões estavam reunidos. Não poderia ter sido mais fácil entrar, não fazem mais seguranças como antigamente. – Aqui é bravo para sentinela, entramos no covil. – Toquei no comunicador ligando-o.

- Ok bravo, tenho sua localização. Tomem cuidado. – A voz de Aly mostrava que ela estava mais calma. – Falcão 01 coloque os rastreadores nos seguranças antes de procurarem o escritório do Kalil.

- Afirmativo sentinela. – Christian mal conseguia disfarçar o contentamento de ter o codinome falado pelo rádio. Mereço isso.

- Certo pessoal vamos nos espalhar e dá início a operação festa de arromba. Céus ainda não acredito que deixaram meu pai escolher o nome.

Guardiões - Descendentes. Vol 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora