Guardiões - Descendentes. Vol 2.

XL - O encontro.

Estava atrasado para o encontro com safira, depois de capturar o tal do Joaninha fui para casa tomar um banho e trocar de roupa, consequentemente demorei tempo demais. Bela maneira de começar, o pior era que durante o trajeto para a casa de safira minha cabeça não parava de ir a lugares indesejados, como por exemplo a maneira estranha que as garotas estavam agindo. Alysson e Melissa mal falaram comigo hoje e Charlie claramente sabia o motive e deliberadamente não está me contando e ainda tem esse aluno novo. Eu tinha consciência de que estava agindo como um perfeito idiota, mas era mais forte do que eu, só de ouvir o nome daquele werecat perco a razão e isso está afastando Mel, antes pelo menos éramos amigos e agora não tenho mais certeza.

E agora havia Safira, ela me faz bem e me faz esquecer meus problemas. Ah! Precisava desesperadamente resolver essa situação o quanto antes. Parei a moto em frente à casa dela, tirei o capacete e olhei o relógio estava com exatos vinte minutos de atraso. Buzinei e a esperei, Saff saiu de casa e correu até mim, ela não parecia estar zangada por eu não ter chegado no horário combinado.

- Desculpe pelo atraso. – Tratei de pedir desculpa, porque não custava nada e o seguro morreu de velho.

- Tudo bem. Imprevistos acontecem não é mesmo? – Ela me selou. – E agora está me devendo uma maçã do amor.

- Está combinado. – Sorri. – Vamos? – Entreguei o capacete reserva a ela e coloquei o meu. Safira segurou-se em meu quadril e apoiou a cabeça em meu ombro enquanto eu pilotava e como todas as vezes que ficava com ela as preocupações foram embora e eu pude finalmente relaxar.

O parque havia acabado de chegar a cidade e estava montado no calçadão da praia de santa Mônica. A uma certa distância era possível ver as luzes da roda gigante e da montanha russa. Nem lembro quando foi a última vez que vim a uma lugar desses, quando éramos crianças quase não saíamos por causa da ameaça de Acrab, agora estava ligeiramente ansioso. Procurei uma vaga não muito distante da entrada do parque para estacionar.

- Em qual brinquedo você quer ir primeiro? – Entrelacei nossos dedos.

- Não sei, o que você prefere? – Ela mordeu o lábio inferior e olhou para nossas mãos.

- Estamos em um impasse então. – Ri diante de nossa indecisão. – Vamos dá uma volta e decidimos e ainda tenho que te pagar uma maçã do amor.

- Está ótimo assim. – Safira assentiu concordando.

Nos misturamos as pessoas que também entravam no parque e como elas olhávamos para as diversas barracas de jogos e guloseimas espalhadas por toda parte.

- Olhe Chris. – Saff mostrou um urso lilás tamanho gigante exposto em uma barraca de tiro. – É lindo.

- Você quer?

- Ganharia para mim? – Os olhos castanhos dela brilharam com a possibilidade de ganhar aquele urso.

- Então você o terá. – Aproximei-me da barraca.

- Vai tentar a sorte garoto? Acerte a mosca cinco vezes e pode escolher o prêmio. – O dono da barraca era um sujeito alto e corpulento. O sorriso torto acendeu meu sinal de alerta, tinha pegadinha naquele jogo.

- Quanto custa? – Não me deixei intimidar.

- Cinco dólares. – O sorriso enviesado transformou-se em escarnio.

- Ok. – Peguei a nota e coloquei sobre o balcão.

- Boa sorte. – O homem entregou-me um rifle com balas de festim e saiu da frente do alvo. No momento que mirei soube o porquê do sorriso do dono da barraca, a mira estava desregulada. Bom, vou ter o prazer de acabar com a alegria dele. Mirei com cuidado calculando a distância correta e atirei. A cara do trapaceiro ao ver os tiros acertarem a mosca foi o melhor. – Parabéns... o que vai querer? – Ele cuspiu as palavras.