LVIII - baHebek mut

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Em fim achei a música do casal Zafir e Melissa e pessoalmente estou apaixonada pela letra, se delicie com essa canção tão fofa.

***

Não importava quantas vezes algo me levasse a ficar de cama, nunca iria conseguir acostumar-me com isso. Só para piorar uma quantidade fora do comum de pensamentos zumbiam em minha cabeça como se fosse um enxame de abelhas furiosas. Para completar, a grande maioria daqueles pensamentos estavam voltados para um certo werecat; que sem aviso prévio cativou muito mais que minha atenção. Zafir, o garoto meio gato que tudo indica que também tem uma metade imortal, é um híbrido de guardião, tal constatação nos leva a crer que o pai que ele procura é um ser alado.

O mais frustrante era que desde que acordei, todo o acontecido enquanto estive encarcerada veio junto com a consciência, ele estava se recusava a falar no assunto. Segundo Zafir não iria me preocupar com os problemas dele ainda mais quando estou me recuperando. Dava para ser mais frustrante? Claro que eu iria me preocupar! Faz parte da minha essência caramba! Será que é tão difícil assim de entender? Estava quase pirando naquela cama desde que ele saiu para que eu conversasse com Christian.

Estava feliz em ter feito as pazes com meu amigo, ter colocado tudo em pratos limpos, virado a página para assim ambos podermos seguir em frente. No entanto; agora estava livre para voltar a ficar preocupada com o garoto que ainda não podia chamar de namorado e que ainda não havia voltado. Eu deveria me sentir assim tão incomodada com a ausência dele? Deve começar a me preocupar? Zafir escolheu aquele momento para dá as caras, aquele sorrisinho irritante estampava o rosto dele e me fez ter vontade de arremessar um travesseiro naquele rosto ridiculamente perfeito.

- Como se sente habibit? – O werecat sentou-se na beirada da cama.

- Seu eu ganhar uma moeda para cada vez que alguém me fizer essa pergunta, vou poder comprar minha moto em dois tempos. – Ele arqueou uma das sobrancelhas diante de meu mal humor.

- Calma gatinha esconde as garrinhas. – O humor dele não foi abalado nenhum milímetro. Suspirei contrariada. – O que te perturba pequena. – Ele repousou a mão sobre a minha. Deliberadamente ignorei o arrepio bom que subiu por meu braça, ele não iria desviar meu foco.

- Além de estar de molho nessa cama até a segunda ordem e meu suposto namorado se recusar a conversar comigo a respeito de um assunto de suma importância? Tem também o fato de ter uma dupla de cavaleiros saídos dos piores pesadelos fungando no cangote de meus pais e meus amigos. Quer mais alguma coisa? A lista é grande.

- Mel... Só não quero te dá mais uma coisa com que se preocupar. – O polegar dele fez círculos em minha mão.

- Você é importante para mim, será que ainda não percebeu? Obvio que ficarei preocupa e me deixar fora disso não vai ajudar. – Não desviei o olhar. As pupilas contraídas do werecat também não se desviaram de meu rosto. Não daria o braço a torcer, estava decidida e ponto.

- Sinto muito Habibt. Não queria que se sentisse assim ou que duvidasse do que sinto por você... Não quero ser seu "suposto" namorado. Quero ser seu namorado integral.

- Isso foi um pedido? Ou está tentando desviar minha atenção? – Meu humor ainda não era dos melhores e tinha certeza que ele poderia fazer melhor que isso.

- Ok, ok. Foi ruim, mas estou falando sério. Meus sentimentos são sinceros. – Tentei ignorar a cara de gato de botas, mas estava difícil. – Quanto a meu pai... Estaria mentindo se dissesse que não pensei nas possibilidades e tudo que consegui concluir é que estou ainda mais longe do que nunca de descobrir a identidade dele. – Ele deixou um suspiro frustrado escapar.

Guardiões - Descendentes. Vol 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora