Dirigi para casa imersa em pensamentos, minha cabeça girava com os ecos das acusações de Christian e agora de cabeça fria via que de certa forma ele tinha razão. Fui obtusa mesmo que sem querer olhando de uma nova perspectiva as últimas atitudes estava óbvio os motivos de Chris está estranho, era ciúmes.
Mas o que eu poderia fazer se não correspondo aos sentimentos dele? E também tem o fato que gosto... de Zafir. Olhei pelo retrovisor em entrando o werecat me seguindo de perto. Não pude deixar de sorrir, ele estava preocupo sei que quer conversar, mas está esperando eu dá o sinal verde e estava grata por isso porque ainda não sabia como líder com nada disso.
Parei a land rover em frente ao portão da garagem da casa dos Clark, procurei pelo controle remoto para abrir o portão, esperei impaciente que ele abrisse me perguntando se sempre havia demorando tanto assim. Estava ansiosa para cumprir aquela tarefa e de preferência antes que Christian se soubesse aparecer não estava pronta para uma outra conversa. Ele sempre foi meu melhor amigo desde que me entendo por gente me perguntava quando toda essa loucura começou e essa amizade não era mais suficiente para ele.
Droga Mel! Você vai acabar entrando em parafuso e não vai encontrar nenhuma resposta. Sacudi a cabeça e inspirei profundamente, precisava mudar meu foco. Com o portão totalmente aberto coloquei o carro para dentro da garagem, o desliguei e apertei novamente o botão do controle remoto agora para fechar o portão. Fechei a porta do carro e corri para fora da garagem. Havia colocado os pés na calçada quando a dor atrás da cabeça veio com força fazendo-me cambalear e meu estômago embrulhar.
- Habibit! - Zafir abraçou-me. Agradeci mentalmente por ter os braços dele em minha volta; porque pela forma que minhas pernas tremiam dificilmente conseguiria ficar de pé. - Mel. - O timbre meio rouco dele vibrava cheio de preocupação.
- Vai passar... É uma perturbação no equilíbrio... Só não me solte. Não quero cair.
- Jamais irei deixá-la cair. - O felino apoiou o queixo no topo de minha cabeça e eu o abracei e recostei a cabeça em seu peito. Inspirei seu perfume exótico e esperei aquela dor ir embora, daquela vez não queria lutar. Só queria que tudo se resolvesse.
Não sei quanto tempo ficamos assim, mas deduzi ter sido bastante tempo. Quando a dor passou e as náuseas se foram só restou uma fome monstruosa.
- Zafir. - Ergui a cabeça olhando dentro dos olhos castanhos esverdeados dele.
- Sim? Minha pequena?
- Estou faminta.
- Bom sinal. - O werecat riu pelo nariz. - Onde quer ir?
- Naquele restaurante que me levou da última vez. Amei aqueles falafeus.
- Então está combinado. - Zafir Beijou a ponta de meu nariz. - Tem certeza que está bem agora?
- Tenho. Mas vou ficar melhor de estômago cheio.
- Sendo assim não vou fazê-la esperar mais. - Ele entrelaçou nossos dedos e guiou-me até sua moto. Minutos depois estava na garupa da yamaha super veloz do werecat indo em direção ao centro.
O restaurante na verdade era um tipo de lanchonete especializada em comida árabe. Ficava em uma rua movimentada destinada a diversos tipos de restaurantes de diferentes culinárias. Como da outra vez o lugar estava tranquilo o único som que se ouvia era o de conversas e de música típica. Sentamos em uma mesa perto do balcão, não demorou para sermos atendidos.
- Bem vindos ao Omar's seu cantinho árabe no ocidente. - Mordi internamente a bochecha para rir. Ouvir aquele lema pela segunda vez não o tornava menos engraçado. - Em que posso servi-los? - O homenzinho que com certeza se chamava Omar era magro e baixo, as feições eram tipicamente árabes. O que me fazia perceber que Zafir quase não tinha essas características.
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Guardiões - Descendentes. Vol 2.
FantasyNesse novo capítulo da história de guardiões teremos nossos quatro protagonistas se aventurando no mar tortuoso que é a paternidade e ainda terão que lidar com os perigos que os cercam enquanto tentam manter a terra segura.