LXV - Príncipe árabe.

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Pessoal nesse capítulo teremos uma cena com dança cigana, quem tiver curiosidade de saber como é estou deixando um vídeo bem legal junto com a capa do capítulo. 

***


Mal via a hora de poder sair de casa, não sentia dores... Não tanta pelo menos. Talvez se pedisse com jeitinho meus pais deixasse... Se bem que depois do ataque que sofreram não sei se seria uma boa ideia. Minha mãe apesar de querer parecer estar bem não enganava ninguém muito menos a meu pai.

Mesmo com tudo tão confuso estava feliz. A conversa que tive com Christian foi uma das poucas coisas que aconteceu nesses últimos dias. Sabia que as nossa amizade não seria como antes, porque nós dois cremos e aprendemos como nossos próprios erros. Era bom saber que podia contar com ele para passar por essa maré de loucura que vinha contra nós.

Zafir... Ah Zafir, cada dia você me surpreende mais. A forma como ele se comportou com Christian ontem só acrescentou mais uma coisa que gosto nele, fico imaginando como é possível um ser assim tão... Surpreendente. Entre toda a maturidade e segurança que ele tem vejo o também um menino gentil, talvez esteja pensando bobagem. Meu cérebro não funciona muito bem quando o assunto é meu namorado werecat.

Falando nele, não o vejo desde que acordei. Coisa que fica estranha quando se está acostumada a acordar e encontrar um gato doméstico gigante dormindo ao seu lado. Peguei meu celular na mesinha de cabeceira e procurei por seu número.

"Onde está?" Digitei rapidamente sem me importar como aquela mensagem soou possessiva. Sou uma Turner, possessividade estava no meu sangue.

"Bom dia habibt. Sinto muito ter saído antes de você acordar. Precisei sair para resolver uns assuntos."

" Está tudo bem?" Começava a pensar que tipo de encrenca estava por vir. Com tudo isso acontecendo, esperava qualquer coisa.

"Minha mãe. Não tenho notícias dela a alguns dias. Estou preocupado." Tinha até esquecido da mãe dele que estava em seu encalço.

"Espero que tenha notícias e que ela esteja bem." Acabava de lembrar que precisava ter uma conversa com meu pai iria aproveitar a ausência de Zafir para tê-la.

"Tenho certeza que mamãe está bem. Dona Jade é fogo na roupa. Em algumas horas estou de volta, tente não se meter em confusão até lá habint."

"Hahaha. Muito engraçado espertinho, até parece que sou algum tipo de imã para desastre."

"Quer mesmo entrar por esses caminhos?" Conseguia imaginar aquele sorriso ladino extremamente sedutor que ele tinha.

"Vai logo procurar sua mãe senhor espertinho." Garotos são tão métodos a sabe tudo. Revirei os olhos e guardei o celular.

Levantei espreguiçando-me tentando espantar a preguiça. Estava ficando acomodada, precisava voltar a minha rotina normal e principalmente voltar ao ritmo de treino necessário para me manter em forma; do jeito que estava não duraria nem o primeiro round contra aqueles cavaleiros; mas naquele momento tinha outros planos. Primeiro tomar café da manhã, depois ver ser meu pai pode ajudar a descobrir quem é o progenitor do meu werecat e por último ver se consigo autorização para sair de casa. Precisava ver meu verdinho, não tinha ideia se meu pai estava levando comida para o monstrinho.

Troquei de roupa rapidamente e então desci. Encontrei meu pai colocando a mesa para o café da manhã, estranhei não ver minha mãe ali também.

- Bom dia pai. Onde está minha mãe? – Temia que ela tenha tido algum tipo de recaída nervosa.

- Acabou de sair para correr. Está dando voltas e mais voltas no quarteirão, deve estar de volta logo.

Guardiões - Descendentes. Vol 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora