Guardiões - Descendentes. Vol 2.

LXIX - Certezas abaladas.

Postei e corri!!!

***

Estava de cabeça cheia e sem a menor vontade de prestar atenção nas aulas aquele dia. Meu humor melhorou um pouco depois do beijo da Aly e Aaron, ficava contente que ela estava conseguindo seguir em frente e se permitindo ser feliz, Alysson pouco a pouco estava saindo de debaixo de minhas essas e não demoraria para alçar voo de certa forma me senti com o dever cumprido. Minha raiva diminuía, mas continuava ressentida e estava fazendo o possível para manter meu irmão curioso e suas perguntas intermináveis bem longe, porque corria o risco de socar a cara dele. Por via das dúvidas usei minha melhor arma, ergui um muro de puro desinteresse e liguei o botão de dane-se.

Claro que essas técnica caiu por terra quando um certo italiano moreno, alto, bonito e sensual entrou em cena. Ele tinha o poder de trazer equilíbrio a minha mente desiquilibrada apenas com um de seus abraços de urso. Isso ainda me assustava um pouco, mas começava a me acostumar e o fato de ele não encher-me de pergunta contava muito. Podíamos ficar em silencio que não seria desconfortável. Deixei-me envolver pela aura tranquilizadora que Pollux exalava e rumei para o refeitório. Fiquei tão imersa pela presença dele que só me dei conta que Aaron e Aly não estavam mais conosco quando sentei-me a mesa.

- Onde Aly está? – Chris também só pareceu ter notado agora.

- Deve estar com o namorado longe dos fofoqueiros de plantão. – Dei de ombros.

- Fico feliz pelos dois. – Safira bebericou seu suco de caixinha. - Mas estava pensando... – Lá vem, já fiquei preparada para dá uma bela de uma resposta mal criada. – Não seria cedo demais para iniciar um namoro? – Não acredito que ouvi isso.

- A quanto tempo mesmo você e meu irmão se conhecem? – Não fiz nenhuma questão de esconder meu sarcasmo.

- Pouco mais de um mês. - A líder de torcida franziu cenho sem entender minha pergunta. Ao lado dela Christian olhou-me advertindo-me, o ignorei totalmente. Iria ensinar aquela garota uma valiosa lição. Quem fala o que quer ouve o que quer.

- Isso me parece bem recente também. – Estreitei os olhos. Safira olhou-me por alguns minutos sabendo que se ousasse retrucar teria uma resposta bem dada. Ela claramente havia entendia minhas palavras e não gostou, mas optou por colocar o rabinho entre as pernas e ficar calada. Sorri vitoriosa ganhando um olhar fulminante de meu irmão que ignorei totalmente.

Depois do comentário desnecessário de safira o silencio reinou na mesa e sinceramente não estava nem um pouco inclinada a reverter isso. Assim era até melhor, nos poupava de ouvir titica. Quando o sinal tocou foi quase um alivio, quase porque não estava assim tão empolgada a assistir duas aulas seguidas de física.

- Boa aula malvadinha nos vemos na saída. – Meu italiano selou-me e seguiu para a aula de história.

- Até mais tarde Chris. – Esperei para ver Safira osculando meu irmão. Só de imaginar tal cena meu estomago revirou.

- Hey Charlie, espere. – Christian correu para me acompanhar. Lá vem, deixa eu me preparar psicologicamente. – Não precisava ter falado daquele jeito com Safira. – Ok. Ele pediu.

- Sim precisava. Não venha defendê-la, você sabe que o comentário foi para lá de maldoso e não vou fingir simpatia por aquela garota.

- Porque tanta implicância? Safira não te fez nada. – Respirei fundo e busquei por qualquer vestígio de paciência que pudesse ainda habitar em mim. Para o azar de meu maninho não encontrei nenhum.