XLVI - O que for preciso.

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Hey meus guardiões, passando aqui em cima para pedir quem quiser para ler esse capitulo ouvindo a musica que estou deixando junto coma a capa do capitulo. É a musica tema da nossa querida Charlotte, o vídeo tem a tradução para quem ficar curioso.

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Não sabia se deveria estar assim tão ansiosa assim pelo que veria em instantes, mas a verdade era que é inevitável me sentir assim. Porque amava a sensação de sentir a adrenalina correndo em minhas veias de romper as correntes, faria o que o fosse preciso para me sentir eu mesma, porque na maioria do tempo eu era uma prisioneira de mim mesma, prisioneira de um dom destrutivo, ah mas era tão bom me sentir livre sem amarras mesmo que o preço depois fosse a exaustão completa. A única coisa que não me agradava era a possibilidade de ferir aqueles me são importantes como fiz com tio Orion a alguns meses atrás. Esse desagrado unia-se ao desejo de controlar o que tenho dentro de mim, afinal para que serve um dom se não posso usá-lo?

Esses pensamentos rodearam minha mente durante todo o dia impossibilitando que eu focasse na escola, cheguei a cogitar a hipótese de chamar meu namorado para matarmos aula; no entanto lembrei que ele teria prova. O desespero era tanto que quase fiz essa proposta a Christian, mas nem cheguei a abrir a boca. Meu irmão estava fora da casinha por que teria treino extra a tarde por causa do jogo no final de semana e teria que adiar seu treino com nossos pais. Não posso mentir que gostei disso, quanto menos pessoas perto de mim quando liberasse o que está louco para sair, melhor.

Aquele dia de aula também não ajudou a me distrair, a única coisa mais interessante que aconteceu foi uma certa Rivera muito contente que me fez lembrar do encontro dela com novato gatinho. E pelo visto o encontro foi mais do que o esperado teve direito até briga em uma lanchonete mexicano que pretendo conhecer em breve, mas o mais engraçado foi ouvir Aaron falar em alto e bom som: "Que pasa mame?" O sotaque era terrível, mas foi bonitinho. Alysson não sabia se ria, se corava ou se acenava e respondia. Tive que dá uma cotoveladinha nela para ela não deixar o garoto no vácuo, o que seria desses meus amigos sem mim? Estariam todos encalhados.

Deixei Aly em casa e parti sozinha para casa, já que Melissa escapuliu com o gato dela. Estacionei o carro na garagem de casa e entrei, na sala encontrei meus pais juntos com tio Ed e tia Lizie com cara de que mais alguma coisa inexplicável havia acontecido.

- O que tá pegando? – Rompi aquele silencio ensurdecedor.

- Olá Sunshine. – Papai foi o primeiro a dá sinal de vida. – Onde está seu irmão? – Sabia que quando ele me respondia uma pergunta minha com outra, havia algo que queria esconder de mim; porém essa técnica não funciona mais.

- Foi levar Safira em casa deve estar chegando logo, mas então? Qual a treta? – Insisti.

- Não vai adiantar tentar esconder deles então melhor que saibam. – Mamãe entrelaçou os dedos das mãos enrolando mais um pouco me fazendo desconfiar que era algo sério.

- E vocês prometeram que não haveria segredos entre nós. – Enfatizei só por precaução. Os quatro adultos reviraram os olhos em gesto ensaiado. Aquilo foi sem sombra de dúvidas bastante perturbador.

- Bom, nós já fizemos o que tínhamos que fazer, vamos deixar vocês conversaram. Melissa deve estar faminta e prestes a devorar o que achar na geladeira. Vamos fada? – Tio Ed levantou estendendo a mão para a esposa que prontamente a segurou.

Fiquei na dúvida se contava a ele que Mel não estava em casa e provavelmente que estava almoçando muito bem acompanhada a essa hora. Decidi ficar calada, nosso acordo não abrangia relatar os encontros de minha melhor amiga, pelo menos não mencionaram a respeito disso. Meus pais esperaram que o casal saísse para chamar-me para sentar ao lado deles.

Guardiões - Descendentes. Vol 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora