Capítulo 29 - Eu viajei no tempo só por você

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Hoje eu acordei mais cedo

E fiquei te olhando dormir

Imaginei algum suposto medo

Para que tão logo

Pudesse te cobrir

Tenho cuidado de você

Todo esse tempo

Você esta sob o meu abraço

E minha proteção

Tenho visto você errar e crescer

Amar e voar

Você sabe onde pousar

Ao acordar já terei partido

Ficarei de longe, escondido

Mas sempre perto decerto

Como se eu fosse humano, vivo

Vivendo pra te cuidar, te proteger

Sem você me ver

Sem saber quem sou

Se sou anjo

Ou se sou

Seu amor

Poema Anjo - Banda Eva"


Alfonso Herrera é um homem determinado. Realmente determinado. E quando ele colocava uma coisa na cabeça era difícil alguém dizer-lhe o contrário. Ele queria que Anahí tivesse alguma diversão, ela merecia aquilo. Afinal, a ideia inicial era tirá-la daquela bagunça era fazê-la espairecer mesmo, então porque não seguir o plano original?

Então, com a ajuda de alguns contatos, ele conseguira sair do hotel escondido com Anahí e agora eles estavam num Jipe com o teto aberto a caminho de um lugar que ele preferira fazer suspense. Anahí usava um vestido de alça azul marinho florido que ia até altura de suas coxas, o cabelo estava bem preso num coque escondido pela peruca ruiva. As marcas roxas e vermelhas nos colo, busto e pescoço eram difíceis de não serem vistas, mas mesmo assim, ela passara o máximo de base que conseguira. Nos olhos ela colocara a lente castanha que Alfonso comprara e calçou rasteirinha nos pés.

Ele dirigia, em silêncio, com a cabeça enevoada, só se ouvia os pneus do carro colidindo com o chão de barro e o som das cigarras e pássaros noturnos, era 22h da noite e a luz da lua refletia diretamente sob eles. Anahí tinha um sorriso completo nos lábios, daqueles que dava gosto da gente ficar horas observando e Alfonso, entre prestar atenção no trajeto, olhava de relance para o rosto perfeito dela que não usava nenhuma maquiagem, apenas um batom nude nos lábios.

O Jipe colidiu com algumas pedras, fazendo um barulho alto, as ruas de barro deram lugar às areias brancas de uma linda e escondida praia num canto pacífico de Santa Catarina. O som do mar foi imediatamente aos ouvidos de Anahí fazendo com que alguma coisa se mexesse dentro dela, algo mágico e, ao mesmo tempo, sólido. Ela olhou pro lado admirando o local onde as ondas quebram, a lua estava completamente cheia no céu, como um pedaço gigante de queijo e mais ao sul do mar poderiam ser notadas algumas luzes de embarcações numa distância ilógica.

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