Capítulo 69 - Seja minha garota

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Fue encontrarme en tu mirada y sentirme enamorada...era menos frágil junto a ti - Algún Día, Anahí.


Velasco: O que... O que foi aquilo? Com quem você estava? ― Anahí não respondeu, ela se ajeitava no banco do passageiro – Responda sua vadia!

Ele mandou, batendo na parte de trás da cabeça dela. O rosto de Anahí bateu no painel do carro e voltou, ela segurou a testa que escorreu sangue e olhou pra ele com ódio.

Anahí: Eu não sei, tá legal??! ― disse, limpando o sangue que escorria da testa ― Qual é a porra do seu problema?

Velasco parecia completamente fora de si. Seu rosto estava todo vermelho, em fúria. Os lábios ressecados e trincados.

Velasco: O tiro... Alguém atirou. ― disse, virando o volante, sem se importar com nada, estava eufórico, havia tomado uma boa dose do "remedinho" de Diana. ― SUA GANGUE ATIROU EM ALGUÉM.

Anahí: Eu não sei do que você está falando, seu merda. Cadê o Dani? ― disse, revoltada, buscando alguma chave para sair daquela merda. Já havia fugido daquele traste uma vez, poderia fazer de novo.

Velasco simplesmente ignorou a pergunta dela. Como se dissesse para si mesmo, ele murmurou entre ofegos:

Velasco: Vamos fugir. ― Anahí ergueu as sobrancelhas, transtornada. O rosto de boneca transbordando ódio.

Anahí: É o quê? – perguntou, num silvo. ― Eu não vou fugir com você seu canalha!

Velasco: Vamos sim. – ele tirou o celular do bolso ― Vamos fugir: eu, você e o Pietro. ― disse, digitando ― Já perdi Chiapas mesmo... Minha mãe acha que governa melhor do que eu, então que se foda. Nós três seremos felizes.

Anahí: EU NAO VOU PRA LUGAR NENHUM COM VOCÊ! ― ela gritou, em fúria.

Velasco: Vai sim. – ele colocou o celular na orelha, apoiando no ombro, esperando chamar. Uma mão estava no volante e a outra segurava a arma. ― Atenda, querido.

Anahí revirou os olhos, então sem ele perceber tateou na sua calça, fingindo sentir dor na canela, fazendo uma careta articulada. E sim, lá estava a arma que Alfonso prendeu na sua bota. Ela sorriu consigo mesma.

Velasco: Ele não atende. ― ele praguejou, passando as mãos no rosto. O suor escorria da sua testa, seu coração parecia querer pular do peito. Não estava acostumado com o efeito maníaco da heroína. ― Se seus amigos tiverem feito algo ao Pietro... Anahí. Vocês vão me pagar.

Anahí: Eu não sei do que você está falando, ordinário! ― ela gritou, olhando pra trás, a mochila de dinheiro ainda estava ali – Você tem seu dinheiro, agora me deixe ir!

Velasco: Nem pensar. ― disse, carrancudo. ― Você vem comigo.

Anahí: Eu pedi o divórcio, Manuel. Eu quero que você me deixe em paz!!! – ela dizia, gritando, mas o assassino não estava se importando, ele fazia curvas agressivas com o automóvel.

Velasco: POR QUE O PIETRO NAO ATENDE??? O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE??? – rugiu, transtornado. Então seu celular tocou.

Ele olhou de relance. Ainda em estado de choque. Anahí olhava pra frente, a estrada era deserta e íngreme. De um lado havia apenas a Seca: Um matagal ressecado pelo sol forte do México. Do outro lado uma grande ribanceira que dava para as correntezas de um rio perigoso. Não havia empecilhos na estrada, mas Anahí começou a ter receio do modo desgovernado como Velasco dirigia o veículo. Velasco pegou o celular, olhando a foto de Pietro que refletia na tela, e deu graças a Deus inconscientemente. Ele atendeu, colocando o aparelho na orelha com uma mão e segurando o volante e sua arma com a outra. Anahí estudava-o com o cenho levemente franzido.

Caminos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora