"Al final de la historia, no habrá guerras ni armaduras..." – Pablo Alborán
Enquanto a entrada dos fundos virou um maldito pandemônio com direito a um tiroteio de dar medo. Anahí e Alfonso vestiram um macacão azul de cirurgião e se dirigiam para a entrada principal. Alfonso tinha a arma que roubou do idiotinha na mão direita e Anahí usava uma faca pontuda como escudo corporal. De mãos dadas, eles deslizaram pelos corredores do hospital. Quase não haviam pessoas para contar a história, Ben havia comprado metade da equipe médica e Velasco bloqueou as entradas do prédio. A mentira? Diziam que o local estava passando por uma reforma nos esgotos. Aos olhos do povo aquilo podia ser mais um problema de saneamento básico, pra quem sabia de toda história? Ou morria ou ficava de boca fechada.
Simples e fácil.
Alfonso: Nós vamos sair juntos o mais rápido possível. ― ele disse, entre arfadas ― Ben deixou um carro pronto pra fugirmos.
Anahí: Certo ― ela respondeu, mas pra dizer a verdade não sabia direito o que estava fazendo. Estava tudo muito embaralhado na sua cabeça... Os eventos recentes se misturando, se chocando, numa batalha infernal. Mas ela precisava se manter sã. Por Alfonso. Pelos amigos. Por ela mesma.
Antes de sair, Alfonso olhou pela porta de vidro da frente. Haviam dois homens ali com óculos escuros e... Eles pareciam perdidos no meio da confusão. Que diabo? Alfonso franziu o cenho e pendeu a cabeça pro lado, observando. Algo estava errado. Algo estava fodidamente errado. Ele olhou sobre o ombro, pra Anahí, que estava paralisada olhando diretamente pra entrada.
Alfonso: Vamos? ― perguntou, indeciso.
Anahí: Não. ― ela respondeu, os olhos azuis esbugalhados ― Há algo errado ali. ― ela apontou pra saída.
Alfonso: Do que você está falando? Vamos embora. Rápido. ― ele também sentia que havia algo ruim... Mas não havia outro plano. Realmente não havia.
Anahí: ALFONSO! ― ela gritou, desesperada ― Eu não vou sair agora, alguma coisa está errada, acredite em mim! ― ele praguejou baixinho e tirou o celular do bolso.
Certo.
Alfonso: Hey, Dany. Há algo errado na entrada... Sim, sim estamos presos aqui... Ok, obrigado. ― ele desligou o telefone e abraçou Anahí. Ela suspirou contra o peito dele. Cara, eles nunca iam ficar em paz? ― Vai ficar tudo bem.
Anahí: Sim... ― ela respondeu como se falasse consigo própria. Apertou os bracinhos em volta da cintura de Alfonso e aspirou seu cheiro natural, aquele cheiro tinha o poder de acalmá-la e perturbá-la tão rapidamente. ― Vai ficar sim.
Do lado de fora...
Dulce Maria lutava com dois homens enquanto Christian finalmente havia rendido um brutamontes negro com uma tatuagem no rosto. O braço grande de Christian estava em volta do pescoço do homem, sufocando-o.
Christian: Que porra está acontecendo na entrada? ― ele perguntou, entre dentes. Uma faca apontada pro estômago do cara, enquanto que o braço grande comprimia o maldito pescoço ― Fale ou...
Ben: CHRISTIAN!! ― chamou, enquanto derrubava dois caras no chão e roubava suas armas. Daniels colocou tudo na mochila e fitou o amigo. ― Lá em cima. Olhe!
Como se convocado por Deus, o jato Cirrus de Ben Daniels sobrevoava a zona critica do lugar. Ben tirou o telefone do bolso e chamou o piloto.
Ben: JOHN! Cara, você chegou na hora certa... Vá para o heliporto do hospital. ― pausa ― Sim, isso mesmo. Obrigado, nos vemos já.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Caminos Cruzados
FanfictionO RBD acabou, mas deixou vestígios de um passado inacabado para trás. Entre eles, há Anahí e Alfonso, que tiveram uma história bem turbulenta e cheia de vírgulas. O afastamento que eles mesmos impuseram deixou muitas pontas soltas, apesar de tentar...