Caminos Cruzados

Capítulo 52 - Da justiça às trevas

"O mundo não se divide em pessoas boas e más. Todos temos Luz e Trevas dentro de nós. O que importa é o lado no qual decidimos agir. Isso é o que realmente somos." ― Harry Potter e a Ordem da Fênix.

Ben Daniels era um maldito justiceiro.

Sua alma inteira clamava por justiça quando via uma bela bosta acontecendo. Ele pegava os problemas dos outros para si mesmo, gostava de jogar e, convenhamos, não costumava perder.

Em Anahí e Alfonso ele viu uma série de injustiças e desde o dia que soube de tudo até aqui ele vinha dando o seu melhor para seus amigos, finalmente, alcançarem a tão sonhada paz.

Mas Daniels precisaria fazer muito mais que o famoso 'certo' para conseguir a vitória dos amigos.

Ainda bem que temos um Christian Chávez sedento por vingança e que vai fazer de absolutamente tudo para alcançar o que deseja. Diana mexeu com o RBD errado. Christian não era bonzinho. Não era justiceiro. Não era herói.

Ele era um cara do mal.

Eu sei, eu sei, vocês devem estar se perguntando como um anjinho feito o Christian é um cara do mal, certo?

Eu vou contar um segredo pra vocês: 

As aparências enganam.

E vocês descobrirão já.

Christian: Olá meninas. ― saudou, feliz, abrindo a porta para Maite e Dulce. Maite usava um macacão preto, tomara que caia, o cabelo estava preso no alto da cabeça. Dulce, por sua vez, tinha os cabelos soltos e enrolados, caindo sob os ombros. O rosto levemente maquiado, usava uma saia de pregas preta e uma camisa branca colada, como uma verdadeira Roberta.

Christian: Vocês se vestiram pra matar, heim? ― ele disse, sentando-se no sofá. Na mesa de centro, a frente dele, haviam documentos espalhados. Dulce arqueou uma sobrancelha.

Dulce: Foi o que você pediu, querido. ― ela andou pela sala, as botas pretas batendo levemente no carpete. ― Vamos direto ao ponto.

Christian: Esse é o espírito da coisa! ― soltou, observando Maite sentar deslocada no sofá. O rosto da amiga estava pálido. ― O que há com você Perroni?

Maite: Não sei. Eu estou com uma dor de cabeça insuportável. É só isso. ― Christian franziu o cenho, mas assentiu.

Christian: Certo, vocês lembram do plano? ― perguntou, encarando as amigas. Dulce cruzou as pernas.

Dulce: Claro que sim. ― respondeu, feliz por finalmente os amigos incluírem ela em seus planos.

Christian: Então vamos ao ataque. ― piscou e elas sorriram.

A guerra começou.

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Diana estava em seu escritório no apartamento que outrora dividira com Alfonso. Ela usava óculos de grau, o cabelo estava em um coque preso na cabeça. O notebook a sua frente apresentava uma série de fotos, documentos e arquivos de Anahí. Ela se vingaria daquela mulher. A faria pagar por tudo que já tinha feito, por ter lhe tirado sua felicidade. Era questão de tempo para que finalmente ela tivesse o seu tão sonhado final feliz, Alfonso voltaria pra casa e eles seriam novamente uma família unida.

Como Diana era inocente.

Ao oeste da casa, pela porta dos empregados, entrava uma Dulce vestida pra matar e um Christian todo de preto. Com um pequeno dispositivo, Christian desligou as câmeras que Alfonso havia instalado no imóvel há alguns meses. Então eles entraram, sorrateiros e foram verificando cada cômodo. Diana trabalhava no escritório e Rosinha dava banho em Dani, para provavelmente o levar pra casa do pai. Do lado de fora, na entrada do prédio, Maite conversava alegremente com o porteiro. Usando todo seu charme para despistar o funcionário que não tinha visto Dulce e Christian entrarem pela garagem do prédio. Era um plano de mestre.