Capítulo 48 - Três palavras e uma tortura

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"Mas ninguém nesse mundo me conhece da forma como você me conhece. Então você provavelmente sempre terá esse feitiço sobre mim." – Rihana, Hate That I Love You


Todos já haviam se recolhido, mas Anahí e Alfonso estavam atracados na ponta da escada. Se beijavam tão agressivamente que poderiam se machucar. O beijo intenso trazia pequenas explosões pelo corpo de ambos, a vontade de ficar juntos, de se unirem, sendo mais forte que qualquer outra coisa. As línguas se moviam dentro das bocas com precisão, com devoção. Alfonso apertava a cintura de Anahí e ela, por sua vez, tinha as mãos no rosto dele, guiando o beijo com carinho e possessão. Ele desceu uma mão pela coxa dela e ergueu brevemente sua perna, fazendo-a sentir a ereção dura na sua barriga.

Anahí: Poncho... ― murmurou, era um pedido. ― V-vamos pro quarto...

Ele fez uma trilha da boca até o pescoço dela, dando beijos mordidos, queimando sua pele. A boca estava quente, quente como o corpo dela que clamava por ele. Alfonso mordeu e chupou o pescoço dela feito um louco, tamanha a intensidade. As mãos dele criaram vida própria, passeando livremente pelo corpo curvilíneo de Anahí.

Alfonso: Eu não vou agüentar chegar lá... ― disse, entre as chupadas. Ela levou as mãos até o cabelo dele, puxando-os. Alfonso grunhiu apertando ainda mais a cintura dela, fazendo-a se contorcer em êxtase ao sentir o membro ereto.

Anahí: Meu Jesus... ― ela disse, puxando o cabelo dele ainda mais. Obrigando-o a encará-la. ― Você está demais.

Alfonso: Ah é? ― perguntou, aproximando o rosto do dela. O tesão e a gana brilhando nos olhos verdes ― Você não viu nada ainda, bebê.

E dizendo isso ele mordeu o lábio dela, com força, rasgando sua carne. Anahí sorriu contra a boca dele, lambeu os lábios e sentiu o gosto metalizado de sangue. Para quem olhasse de fora era insano e chocante demais. Mas era assim que o casal funcionava. Eles se beijaram novamente, desta vez ainda mais rápido, intenso, as cabeças girando em sincronia, as línguas guerreando dentro das bocas. Ainda atracados, eles andaram pelo corredor silencioso da mansão, só se ouvia as respirações pesadas e os suspiros apaixonados. Bateram vez ou outra em alguma parede enquanto andavam, destrambelhados, pelo corredor. Anahí gemeu nos lábios dele.

Alfonso: Quietinha. ― sussurrou, quando chegaram à porta do quarto dele, ele girou a maçaneta e empurrou a porta com os pés. ― A casa está cheia.

Anahí: Eu não me importo. ― disse, finalmente, fechando a porta atrás de si e pulando, literalmente, no colo dele. Ele a segurou pelas coxas, apertando-as com força, as marcas no dia seguinte seriam inevitáveis.

Alfonso: Eu me importo, Anahí. Não gostaria que os caras ouvissem os gemidos da minha mulher. ― ela sorriu, sentindo ele a levar para a cama. Os braços enlaçados no pescoço dele.

Anahí: Isso será um problema. ― falou, safada, e mordeu o lóbulo da orelha dele, Alfonso rosnou e a jogou na cama. Que pena, assim que jogou ouviram um sonoro choro de bebê.

Anahí levou às mãos a boca, chocada. Tinham se esquecido de Dani dormindo.

Alfonso: Droga! ― disse, indo até o filho, Anahí segurava o riso. O menino chorava esfregando o rosto com as mãozinhas. ― Shiiii, sou eu filhão, vem. ― ele pegou Dani no colo. Anahí observou uma luz piscando no móvel ao lado da cama.

Anahí: O que é aquilo? ― perguntou, esticando a mão para pegar o aparelho.

Alfonso: Jesus, é a babá eletrônica. ― Anahí corou, percebendo. E como se por obra do destino, a porta se abriu, a luz foi acesa e uma rosa de pijama apareceu.

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