Caminos Cruzados

Capítulo 74 - A sentença

"Ando no escuro para tocar onde não devo. Amor é tocar onde não se deve. E curar sem entender a doença." – Fabrício Carpinejar

Alfonso: Tá feliz??? ― perguntou, exausto, quando chegaram ao seu apartamento de solteiro. Dani estava aconchegado em seus braços dormindo com a cabeça no seu peito. Ele esperou Anahí entrar, meio cambaleando e fechou a porta com os pés ainda olhando feio pra ela. ― Vou levar o Dani pro quarto e em seguida teremos uma conversinha!

Anahí riu, toda debochada. Foi até a cozinha, tirou os saltos e começou a desamarrar o vestido pelas costas. Destrançou boa parte das tiras, mas quando chegou ao começo das costas não alcançou mais nada. Ela riu consigo mesma e andou bambeando até o bar da sala, pegou uma garrafa de uísque e encheu um copo enquanto dançava alguns passinhos de dança e ria toda contente.

Anahí:Y yo sigo aqui... super enamorándome, colgada en tu mirada deshojando las horas del dia estampillada en tu alma... ― girou na sala e quase caiu, mas se manteve em pé segurando em um móvel. Ela pegou um porta-retratos que tinha ali. Era Alfonso e Dani sorrindo sentados no banco do parque.

Anahí: Hummmm – ela apontou pra Alfonso, que usava uma bermuda azul e uma camisa branca. As canelas estavam expostas mostrando a tatuagem do farol. Ela riu. ― Menino mal... ― disse, meio alegre meio emotiva, não se sabe até hoje o que ela sentia naquele momento. Ela passou os dedos finos em volta do rosto dele, então beijou o vidro e piscou ― Las que siempre te resulten y hacen que me vaya a mil tras de ti ― cantou, a voz embargada. Então largou a foto de volta no móvel e voltou a se levantar, ainda com o copo na mão. Girou novamente e tropeçou no próprio vestido, faltava pouco para se estatelar no chão quando um braço duro e forte a segurou pela cintura.

Anahí: MEU HERÓI! ― ela gritou, toda sorridente e beijou a bochecha de Alfonso que revirou os olhos.

Alfonso: Tá pior do que eu imaginei em dona encrenca? ― disse, tirando o copo de uísque da mão dela e pegando-a no colo.

Anahí: ME SOLTAAAAA – gritou balançando as pernas, Alfonso reprimiu um riso – PONCHOOOO...

Alfonso: Quieta! Vai acordar o Dani se gritar. ― ela tampou a boca com a mão e em seguida colocou um dedo nos lábios.

Anahí: Shiiiiihhh ― Alfonso não aguentou e riu.

Alfonso: É isso mesmo, shiiiih. ― falou, levando-a pro quarto. ― Agora a senhorita vai tomar um banho gostoso e....

Anahí: COM ALFONSO HERRERA!!! ― ela gritou ― UHUUUU, VOU TOMAR BANHO COM O HERRERA LALALALA. ― cantou, vitoriosa. Alfonso gargalhou.

Alfonso: Mas nem pensar! Você vai tomar banho sozinha. ― disse, entrando no banheiro e colocando-a sentada na pia.

Anahí: Nananinanão! ― murmurou, apontando o dedo pra ele – Vou tomar banho com meu príncipe Herrera azul.

Alfonso riu e continuou o árduo trabalho de destrançar as tiras do vestido dela pelas costas, Anahí rapidamente parou a brincadeira, pois se arrepiou com o toque dele em sua pele.

Alfonso: Olha só ela... ― brincou – Mesmo bêbada toda arrepiadinha.

Anahí: Qualquer hora é hora né, meu amor. ― debochou, mordendo o lábio.

Alfonso: Levanta. ― ela ficou em pé e ele terminou de tirar seu vestido pelos pés. Anahí jogou a cabeça pra trás e respirou fundo, ansiando. ― Nem pense nisso. ― repreendeu quando sentiu as mãos acariciando seus cabelos e puxando sua cabeça de encontro a ela.