Capítulo 40 - Você salvou minha vida tantas vezes

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"Te perdiste en otras vidas y al final, le encontraste sin buscar, todo por casualidad." – Pablo Alborán, Quimera.


Ben: Cobra? Como? – esfregou os olhos.

Christian: Sim, uma cobrinha loira com cara de enterro e altura de um anão. ― sorriu, diabólico e tomou um gole de café. Christian estava sentado, o café da manhã espalhado sob a mesa de vidro. Pães, croissants, bolinhos de chocolate, suco de laranja, café preto e frutas. Parecia comida para um batalhão. Mas era só porque ele estava com um humor fora do comum naquela manhã.

Ben: Ok... ― respondeu, situando-se. Uma cabeleira negra se mexeu do seu lado. Ben sorriu. ― Eu preciso de um banho e um café pra entender seus enigmas essa hora, coisa linda.

Christian: Venham tomar café aqui. ― Maite se espreguiçou na cama e soltou um resmungo.

Ben: Venham? ― Maite abriu os olhos e piscou algumas vezes. Que porra estava acontecendo?

Christian: Sim, você e Maite. Tem comida para dar e vender. Vocês devem estar com fome ― Ben sorriu, olhando Maite, esta agora o fitava incrédula ― Além disso, precisamos planejar um assassinato e uma festa surpresa para Dulce. ― pensou um pouco ― Eu to em dúvida entre esquartejar e jogar rio a dentro. O que você acha?

Ben: Eu prefiro jogar rio abaixo, mais prático. Agora, com a sua perspicácia, meu caro amigo, acredito que você opte pelo esquartejamento mesmo.

Christian: Você me conhece melhor que minha mãe, Daniels. Aguardo vocês.

Desligou.

Ben: Bom dia, meu sol e estrelas. ― disse abraçando-a. Maite ainda o fitava, indignada. ― Que foi, esqueceu que me intimou ontem?

Maite riu, alias, riu não, ela gargalhou. O lençol cobrindo do busto até as coxas, mas a perna branca estava bem exposta.

Maite: Ok. Nós transamos ― disse, depois da crise de riso ― Eu lembro. Foi bom.

Ben sorriu.

Ben: Ótimo. ― sussurrou, se aproximando dela. Os olhos azuis brilhantes. A boca encontrou a dela e eles iniciaram um beijo. Os lábios se movendo com precisão, as línguas se encontraram sedentas, Maite suspirou e enlaçou o pescoço dele só que... Ele a afastou.

Maite: Que foi? ― disse, frustrada. Ser rejeitada era novo pra ela.

Ben: Mais tarde. ― selou os lábios dela, que permanecia chocada. ― Pelo que entendi, temos um assunto urgente na casa do Christian. Caso de morte.

Maite bufou.

Maite: Ok. ― ela disse, se levantando com o lençol no busto. Só que não cobria lá muita coisa não é. ― Vou tomar um banho e falamos a respeito disso ― apontou pros dois ― No caminho.

Ela entrou no banheiro e Ben ficou ali com a cara embasbacada. O cenho franzido. O punho cerrado. Levantou-se num pulo.

Ben: Certo, não terá problema atrasar uns minutos. – e entrou no banheiro.

__

Alfonso não dormira em casa, obviamente, e Diana estava a ponto de estrangular alguém.

Diana: Você tem noticias do seu patrão? – perguntou, o olhar frio encarando a empregada.

Rosinha: Não senhora. Ele ligou ontem mais cedo, antes da senhora chegar, pra perguntar como estava o Dani e só...

Diana: E você não cogitou perguntar onde ele estava, por acaso? ― Dani ao seu lado, na cadeirinha de alimentação, sorria pra Nana que lhe dava pedacinhos de banana na boca.

Caminos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora