Capítulo 60 - E eu vou te amar até o ultimo

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"Porque te vi venir y no dudé

Te vi llegar y te abracé

Y puse toda mi pasión para que te quedaras

Y luego te besé y me arriesgué con la verdad

Te acaricié y al fin abrí mi corazón para que tú pasaras."

– Te Vi Venir, Sin Bandera


Dulce: AAAAAAAAAIII ― gritou, irritada. O cabelo castanho caia pelos ombros, o rosto contraído em dor. ― VAI COM CALMA AI, GRANDÃO!

Doutor Raves, recém contratado por Christopher Uckermann – que, aliás, precisou buscar um médico-cirurgião excelente e de confiança no tempo estipulado de 1 hora – retirara a bala da panturrilha da mulher e agora puxava sua perna com força pra voltar o osso ao lugar certo antes de costurar sua pele.

Raves: Tenho certeza que é uma garota forte, Srta. Saviñon. ― Dulce fez uma careta. ― Pois os eventos que lhe trouxeram até aqui precisaram de bastante... ― outro puxão, Dulce grunhiu de dor. ― Bastante força. ― O filho da mãe do médico sorriu.

Dulce: Desgraçado!! ― ela gritou, quando – com mais um puxão – ele voltou o osso para o lugar certo. ― Você vai me pagar!

Raves: Me agradeça com vinho... ― ele disse, pegando a agulha e enfiando uma linha preta por dentro ― Eu tenho certa queda por vinhos franceses.

Dulce: Você é maluco.

Dois toques na porta do quarto, então o corpo grande de Christopher preencheu o hall do quarto, Dulce fez um biquinho de dor e ele franziu a testa.

Christopher: O que está acontecendo? ― perguntou, chegando perto e vendo Raves costurar sua amada. ― Droga, isso parece ruim.

Dulce: Esse médico que você trouxe... ― ela fungou, manhosa ― Ele quase me matou.

Christopher sorriu e foi até ela, beijou-lhe a testa e acariciou seu queixo.

Christopher: Ele só está fazendo trabalho dele, querida. – ela o olhou feio ― Você estava com uma bala na perna, fraturas expostas e o pé torcido.

Raves: Sim. ― O médico respondeu, higienizando o machucado já costurado e fazendo um curativo com cuidado ― Mas agora está bem melhor. Deixei uma receita na cabeceira. Têm analgésicos caso ela sinta dor.

Christopher: Obrigado Doutor. ― disse, apertando a mão do médico que media mais ou menos 2 metros, tinha os olhos negros, bigode estilo anos 80 e os cabelos já eram grisalhos pelo tempo. Dulce podia jurar que ele tinha uns 50 anos bem conservados.

Raves: Certo. Os antibióticos devem ser administrados com muita disciplina, nos horários certos. Me entendeu, Srta. Saviñon?

Dulce segurou a vontade de lhe mostrar o dedo.

Christopher: Vou cuidar disso, doutor. – Dulce cruzou os braços, irritada. O médico lhe mandou a porra de um jóinha com a mão.

Raves: Pode me chamar de Raves. ― ele disse, pegando sua maleta e saindo do quarto. ― Fique com sua garota. Tenho mais dois pacientes pra ver aqui hoje.

Christopher assentiu, vendo o médico sair e virar a direita, em direção ao quarto de Ben.

Christopher: Tudo bem, Dul? – perguntou, se virando pra ela e tirando uma mecha de cabelo do rosto pálido.

Caminos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora