Você agora me vai achar piegas, mas deixa eu perguntar. Você não acredita em amor? – Caio F. AbreuChristian estava possesso. Fazia duas horas que tentava falar com Ben, mas não conseguia. O telefone só dava caixa postal. Ok, ele sabia que ele teria um jantar com Maite e Anahí hoje, mas era realmente necessário desligar o celular?
Christian: Estamos no apocalipse, querido, atenda essa porra. ― esbravejou quando mais uma vez o celular caiu na caixa postal. ― Ok, terei que apelar.
Procurou o número na agenda e ligou.
Chamou, chamou, chamou e... Caixa postal.
Christian: Droga Maite! ― ele andava em círculos pelo duplex, passara o dia todo vendo e revendo os documentos para então decidir o que fazer. Mas ficava difícil se ninguém o atendia. Como prosseguir? ― Vamos, Maite, atenda.
Caixa postal.
Christian: Legal. Resolvo sozinho.
―
Enquanto isso no Pujol...
As luzes se ascenderam enquanto as palmas continuavam.
Alfonso: Obrigado, obrigado. ― disse, com um leve rubor no rosto ― Parece que não estourei o ouvido de ninguém com minha voz horrível. ― disse, divertido.
― Ainda por cima é modesto. ― Anahí ouviu uma mulher falando atrás dela ― Um Deus, gostoso, voz rouca, grossa e ainda por cima humilde. É tudo que preciso. ― Anahí olhou pra trás ultrajada.
Aparentemente era uma loira alta, usando um vestido vermelho elegante. E jóias caríssimas.
Anahí: Ninguém tem respeito não?! ― falou, olhando pra trás ― Se controlem!
Maite e Ben gargalharam.
Maite: Anahí. Você nem disfarça o ciúme ― disse, limpando as lágrimas dos olhos. ― Ele é seu. Sempre foi. Não tem porque agir assim.
Anahí: Maite, vai se foder. ― disse, irritada. As mulheres continuavam a indagar sobre o porte atlético de Alfonso. Este deixou o microfone e se dirigiu até a mesa onde os amigos estavam.
Ben: Bravo, bravo! ― exclamou, se levantando ― Meu cantor está vivo!!
Alfonso: Imbecil ― falou, rindo. Então encarou Anahí. Ela o olhava petrificada. ― Tenho algo para você. ― disse, enfiando a mão dentro do paletó e tirando um envelope de lá. Entregou a ela. Anahí recebeu com as mãos frias.
Anahí: Alfonso, eu acho que... ― ele colocou o dedo nos lábios dela.
Alfonso: Leia. Apenas. ― então se inclinou, beijando o topo da cabeça dela e se despedindo. ― Eu já vou, pense no que eu te disse. Os detalhes.
Alfonso: Nos vemos mais tarde? ― disse, encarando Ben. O outro assentiu. ― Perfeito. Tenham um ótimo fim de noite.
E dizendo isso, saiu. Deixando Anahí plantada e com uma bomba relógio nas mãos.
E agora?
__
Christian dirigia apressado pelas ruas do DF. Ele precisava encontrar os amigos logo e informar o que estava havendo. Contar para Alfonso, assim, de cara, não era uma opção. Ele ficaria louco. Iria atrás de Diana e a mataria na primeira chance. Ou... ele não acreditaria. Ficaria do lado de Diana e tudo iria por água abaixo, não. Ele não podia correr esse risco. Estacionou o carro em frente a um prédio conhecido e se apresentou ao porteiro que o deixou entrar sem anunciar. Subiu de elevador tamborilando os dedos na parede metalizada, a cabeça em combustão. Suspirou quando chegou ao andar certo. Bateu na porta duas vezes e esperou.
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Caminos Cruzados
FanfictionO RBD acabou, mas deixou vestígios de um passado inacabado para trás. Entre eles, há Anahí e Alfonso, que tiveram uma história bem turbulenta e cheia de vírgulas. O afastamento que eles mesmos impuseram deixou muitas pontas soltas, apesar de tentar...