Capítulo 70 - A calmaria

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"Alteras mis sentidos, liberas mis alas"Pasos de Cero, Pablo Alborán

Anahí se espreguiçou na cama estralando o tornozelo e fazendo uma careta pra luz que entrava pela janela do quarto. Ela estava nua. Sim, nua. O edredom azul enrolado entre as pernas, mas metade do corpo exposta ao frio do mês de Abril. Ela rolou na cama, procurando por alguém... Mas nada.

Anahí: Que diabo? ― disse, já começando a se irritar. O cheiro dele estava no travesseiro, no edredom, impregnado na pele dela. Aquele cheiro de perfume antigo, misturado com tabaco que só ele tinha, como uma maldita e gostosa característica particular. Ela se virou mais uma vez, pegando o travesseiro ao seu lado e aspirando profundamente... os pulmões se encheram daquele odor delicioso, parecia uma droga, pelo amor de Deus, ela estava amortecida... Como alguma coisa poderia ser tão boa?

Alfonso: Ahã-hãm. ― resmungou, olhando-a com uma expressão divertida no rosto. Ele estava com uma toalha branca enrolada na cintura, os músculos do peito ainda levemente úmidos, o cabelo todo molhado e bagunçado. Anahí arregalou os olhos e paralisou. Sim, pega no pulo.

Anahí: Olá, você. ― ela largou o travesseiro e passou a admirá-lo como se visse uma obra de arte bem ali na sua frente.

Alfonso: Olá, você. ― respondeu, com um sorriso.

Anahí: Por que não se aproxima? ― ela perguntou, abrindo levemente o edredom e expondo ainda mais as pernas brancas. Alfonso ronronou e mordeu os lábios, já sentindo aquela sensação dolorosa entre as pernas.

Alfonso: Você além de tarada é uma bruxa. – ele disse, se aproximando lentamente.

Anahí: Nós dois sabemos que isso é verdade. ― respondeu, se levantando e ficando sentada na cama. Não havia nada cobrindo seus seios, de forma que os cabelos caíram lisos em torno dos mamilos rosados. Alfonso colocou uma mão no queixo e pendeu a cabeça pro lado, observando.

Alfonso: Você está do jeitinho que eu gosto. ― disse, com uma voz rouca. Então pegou os pés dela com delicadeza e puxou-os para si acariciando o tornozelo.

Anahí: Ah é? Como? ― perguntou, achando graça. Sentia sua intimidade já pulsando por dentro. Necessitando dele.

Alfonso: Peladinha na minha cama. ― ele começou a distribuir beijos mordidos pelos pés dela, ora subindo, ora descendo. Anahí deitou novamente na cama e começou a gemer.

Anahí: Essa cama não é sua. ― sussurrou, entre arfadas. Agora Alfonso estava com a boca nas suas coxas, mordendo.

Alfonso: Vamos fingir que é. ― ele disse, lambendo sua pele demoradamente ― Sabe, bebê, fiquei muito tempo sem brincar com você. – Ele beijou um hematoma e mordeu o outro lado. Anahí grunhiu, apertando os lençóis. ― Eu tenho muitas ideias pra compensar esse tempo perdido.

Ela praticamente ronronou, a voz rouca e masculina entrando nos seus ouvidos e indo diretamente ao ponto que pulsava dentro dela.

Anahí: Poncho... ― gemeu, sentindo a boca dele deslizar até sua intimidade. ― Óh meu Deus... ― arfou, quando os lábios dele brincaram com sua entrada.

Alfonso: Eu quero que fale comigo. ― ele pediu, assoprando o local sensível ― Quero que me diga o quanto está gostando. ― colocou a pontinha da língua no clitóris dela e tirou ― Eu amo sua voz, preciso ouvi-la nesse momento.

Anahí estava quase gozando, quase mesmo, faltava pouco. Estranho, pois não fazia nem dois minutos que ele estava com a boca no seu sexo. Era algo instantâneo, quando ela sentia a excitação daquele homem na voz, no toque, ou mesmo no clima que seguia a personalidade dele, ela já se pegava a beira de um orgasmo. Que porra.

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