Capítulo 15 - Você sempre volta

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Anahí: Ai meu deus – ela tampou a boca, segurando o riso. E Alfonso a encarou, nervoso.

Alfonso: Quem é?

Anahi: Não sei, eu to aqui. – disse, divertida. Um riso baixinho ecoou pela sala.

Alfonso: Por que tá rindo?

Anahí: Por que é engraçado – declarou, óbvia. E Alfonso ergueu as sobrancelhas.

Alfonso: E agora?

Anahí: Agora a gente se esconde. – ela saiu de cima dele. Pegou o hobby no chão e desceu a camisola, se arrumando – VAMOS PONCHO, LEVANTA.

Ele continuava paralisado, fitando-a sem reação. Então ela pegou a camisa dele do chão e jogou na cara dele.

Anahí: Vem aqui. – A maçaneta da porta começou a mexer. Anahí empurrou Alfonso atrás do sofá e escondeu um dos copos de whisky atrás do próprio corpo quando alguém entrou.

Tisha: Any? – a mãe de Anahí apareceu na soleira da porta com uma expressão curiosa.

Anahí: Oi mãe! – disse, impaciente.

Tisha: Tem alguém ai?

Anahí: Não mãe, por quê?

Nesse momento, Alfonso, atrás do sofá, viu a calcinha de Anahí jogada na frente da estante de livros. Ele se inclinou, como um gato se esgueirando, para pegá-la. Quando conseguiu, guardou no bolso da calça que já estava devidamente abotoada.

Tisha: Eu ouvi... – passou a mão na cabeça, atordoada – Ah deixa pra lá. Não consegue dormir?

Anahí: Não. – mentiu. Satisfeita que sua voz saia natural ou ela achava que saia.

Tisha: E está bebendo – apontou para o único copo sob a mesinha de centro – Essa hora. – Anahí revirou os olhos

Anahí: Não sou mais menina dona Tisha. Já vou subir.

Tisha assentiu, desconfiada. E fechou a porta, saindo. Anahí esperou uns minutos. Então foi até de trás do sofá e fez sinal de silêncio para Alfonso que colocava a camisa agachado.

Ela foi até o corredor, verificou o andar de cima e voltou. Alfonso estava vestido a esperando.

Anahí: Érr... Ela já foi. – disse com uma careta.

Alfonso: Eu sei.

Anahí: Nada mudou.

Alfonso: Eu sei.


As palavras parecem não sair direito
Mas eu ainda quero dizê-las
Por que é assim?

Anahí: Então tá. – ela dava pulinhos, impaciente – Já vai?

Alfonso: Está me expulsando? – Alfonso deu passos lentos até ela. Anahí já sentia um calor subindo novamente.

Anahí: Acho que sim.

Alfonso: Você não respondeu nenhuma das minhas perguntas.

Anahí: Alfonso – respirou fundo – Sem chance da gente conversar agora.

Alfonso: Mas eu quero – ele chegava mais perto.

Anahí: Eu preciso dormir.

Alfonso: Eu também.

Anahí: Então? – ele parou na frente dela. Anahí tentou se afastar, mas ele a encostou na parede colando seus corpos. – Você não vai dormir aqui.

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