"A história é como um grande conto de fadas. A única diferença entre os dois é que a história é de verdade." - Jostein Gaarder
Velasco: O quê??? O quê está dizendo? ― perguntou, incrédulo. Anahí ergueu uma sobrancelha e empinou o queixo.
Anahí: Isso mesmo que você ouviu. ― ela se afastou dele e andou pelo quarto. O salto batendo levemente no chão ― Eu esperava muitas coisas de você sabe, querido. Corrupção, assalto, tortura, assassinato... Mas confesso que homossexualidade eu nunca imaginei.
Ele cruzou os braços e ela levantou as mãos em sinal de paz.
Anahí: Nada contra, mas foi uma surpresa admirável. ― ela sorriu, debochada.
Velasco: Eu não sei do que você está falando. ― disse, incomodado.
Anahí: Óh sim, claro que sabe. ― ela sentou na cama e cruzou as pernas ―Las Vegas... Ano Novo, vamos lá pense um pouco.
Velasco: Você... ― começou, indo pra cima dela e a pegando pelo pescoço, degolando-a. ― Sua vadia imunda, o que você fez?
Ela sorriu no meio da adrenalina. Aquele sorriso diabólico que só Anahí conseguia dar.
Anahí: Me mate agora. ― desafiou, os olhos cegos de raiva. ― Me mate e amanhã mesmo suas fotos com o príncipe rosado estarão na bandeja do café da sua mamãe.
Velasco: Você está brincando com minha paciência, Anahí. Cuidado. ― apertou a mão em volta do pescoço dela.
Anahí: Sabe Velasco. ― começou, entre ofegos. ― Já tive muitas experiência na vida, mas a morte é algo que, sei lá, me instiga.
Velasco franziu o cenho.
Velasco: Não tem medo? ― perguntou, curioso. Jurava que tinha Anahí em suas mãos.
Anahí: De você? Nunca. ― ele pendeu a cabeça para um lado, parecendo pensativo. A verdade é que Anahí nunca teve medo de morrer. Ela temia por ele machucar sua família, pelas pessoas que ela amava, pelo fim da comodidade e do luxo que estava acostumada. Pelas dividas e falta de dinheiro destruírem sua família, temia pela doença de sua mãe, pelo vicio de seu pai. Mas era apenas isso. Por um momento Velasco pareceu perdido. Como se buscasse um motivo para àquilo.
Anahí: O relógio está correndo, o ar está faltando, faça logo. ― desafiou, a veia da testa saltando pra fora.
Ele a soltou. Então abaixou a cabeça e fitou o chão. Precisava reverter aquele jogo.
Anahí: Você é ridículo. ― cuspiu, se ajeitando.
Velasco: O que você quer? – perguntou, entre rosnados.
Anahí: Paz. É claro. ― respondeu, de pronto, olhando pela janela. Então lembrou-se de algo e se virou ― E, ah antes que eu me esqueça, não vou ter um filho seu.
Velasco: Isso não vai ficar assim, pedaço de céu. Você acaba de dar inicio a uma guerra perigosa. ― ele saiu batendo a porta e, de repente, o sorriso de Anahí morreu. Como se lembra-se de algo, ela bufou e enfiou o rosto nas mãos.
É aquele velho ditado: 'O que é um peido pra quem está cagado?'
Não havia como voltar atrás. Ela teria que manter a postura ou então ele pisaria nela.
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Christian: VOCÊ FEZ O QUÊ? ― Perguntou, aos berros, estava sentado à mesa de jantar. Uma tigela com salada a sua frente. Ele tinha o celular na orelha.
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Caminos Cruzados
FanfictionO RBD acabou, mas deixou vestígios de um passado inacabado para trás. Entre eles, há Anahí e Alfonso, que tiveram uma história bem turbulenta e cheia de vírgulas. O afastamento que eles mesmos impuseram deixou muitas pontas soltas, apesar de tentar...