P.O.V. Lili
Lili - atira Vinícius! atira de uma vez e acaba com essa porcaria de vida que eu tenho. - grito pra ver se ele acaba com isso de vez.
Ele me olha um longo tempo, eu choro ainda mais, não queria ver a tristeza e a decepção em seu rosto e é a única coisa que vejo agora, ele abaixa a arma de vagar fico esperando aquela cena de filme em que ele vai levantar o braço de vez e atira em mim, mais isso não acontece, ele me olha mais uma vez me dá as costas e parti, o choro me domina, os soluços me sufocam, quero correr e me jogar em seus braços mais ele me odeia agora, lembrar disso me faz chorar ainda mais.
Xxx - ae patroa melhor tu se mandar fia. - ele fala apenas concordo com um movimento de cabeça e entro no carro, olho o morro nem sei se um dia eu vou poder voltar aqui, o carro se move e a distância se torna cada vez maior, e só assim eu viro pra frente e encosto no banco.
falo ao motorista pra me deixar na maré, é um longo caminho já que o morro fica do lado norte do Rio de janeiro, não sei como vai ser agora, na verdade desde que cheguei aqui eu não sei como vai ser nada na minha vida, depois de quarenta minutos o carro para do lado oposto do morro tem uns rapazes armados na entrada e alguns nos telhados , saio do carro, pago e ele me entrega minha mala, mais uma nova fase começa agora.
atravesso a rua e eles me olham o tempo todo, um dos homem se aproxima me olha dos pés a cabeça.
Xxx - ta indo pra onde com essa mala?
Lili - Eu quero falar com o Ricardo quer dizer Barão - falo ignorando a pergunta que ele fez.
Xxx - ta me tirando né? O chefe num tem tempo pra tu não menina. - ele fala um pouco grosso e cruza os braços, suspiro cansada e logo outro rapaz chega perto.
Lili - me deixa ir logo.
Xxx2 - coé Nando? deixa a mina passa na boa. - ele fala e sorriu pra ele.
Xxx - te sai perereca o papo aqui é entre eu e ela. - que menino chato.
Xxx2 - se liga fião a mina é patroa, filha do chefe.
Xxx - conta outra mano.
Xxx2 - to te passado a visão mano, quer ficar dando uma de doido o problema é teu depois tu resolve lá com o chefe. - ele passa as mãos na cabeça.
Xxx - foi mal mina, sabia que tu era chefia não. - ele se afasta meio com vergonha.
Lili - certo.
Xxx2 - bora patroa te levo lá. - ele pega a minha mala e começa a andar.
Lili - Obrigada.
Xxx2 - ta vindo morar aqui patroa? - ele pergunta e esse " patroa " me faz lembrar do Vidigal, nunca entendi porque eu era chamada de patroa lá.
Lili - sim, mais não me chama de patroa não, meu nome é Liliane mais pode me chama de Lili.
Xxx2 - pode pá, meu nome é Igor mais pode me chamar de perereca.
Lili - um nome tão bonito vou chamar de Igor mesmo, porque perereca? - pergunto curiosa.
Igor - é que quando eu era moleque era bem magrelo e gostava de água, ficava horas e horas na piscina que tem perto da quadra, nadava parecendo uma perereca aí os parça começaram a me chama assim e ficou. - ele solta uma gargalhada e eu riu também, ele é bem legal.
Lili - a gente num já passou pela boca não? - pergunto quando vejo ele continuar andando e não chega nunca.
Igor - melhor tu ir pra casa dele, a boca não é lugar pra mina não.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quebrando Os Padrões.
RomanceESTÓRIA PROIBIDA PARA MENORES DE 18 ANOS - concluída. Ela = Tímida. Ele = Extrovertido. Ela = Calma. Ele = Nervoso. Ela = Gorda. Ele = Sarado. Ela = Não tem nada. Ele = É Dono do morro. E Quando os opostos se atraem e o amor é maior que as difere...