Capítulo 3 - chegando ao morro

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" Nada é permanente exceto a mudança."

PovLili

Estava na rodoviária esperando o ônibus que me levaria pra minha nova realidade em menos de 24 horas minha vida deu um giro de 360 graus, não sei o que vai ser de mim agora meus pensamentos são interrompidos ao ouvi a voz no alto falante avisando da chegada do ônibus....  segui pra plataforma e dei a passagem e meu documento pro rapaz que estava na porta ele verificou e indicou a cadeira que eu ia sentar, a mala já tinha sido guardada..... Tinha pouca gente no ônibus dei graças a Deus não ter ninguém do meu lado poderia chorar em paz e foi a única coisa que fiz durante toda a viajem.

Depois de 3 horas sentada o ônibus parou, eu estava no Rio de janeiro já era noite não quis ir logo pra casa que a mamãe mandou então assim que peguei minha mala fui atrás de um táxi, me sentei em um banco do lado de fora da rodoviária e fiquei observando o movimento minha cabeça doía muito e os meus olhos estavam ardendo pelas lágrimas, caminhei até um táxi que havia parado na frente.

Lili - moço - chamei,  ele virou e analisou meu rosto deve ta bem visível que eu tinha chorado.

Taxista - em que posso ajudar? - ele me perguntou.

Lili - o senhor poderia me levar a um hotel ?

Taxista - claro que sim? Vou guarda sua mala - eu entrei na parte de trás do carro e logo ele entrou e ligou o carro . eu encostei a cabeça na janela e fiquei olhando a cidade.

Taxista - Em que hotel vai ficar?

Lili - desculpa senhor não entendi?!

Taxista - Percebi - ele sorriu pra mim e eu forcei  um sorriso sem mostrar os dentes - eu perguntei em que hotel vai ficar?

Lili - eu não sei, o senhor pode me levar a qualquer um! - ele balançou a cabeça confirmado.

Depois de uns minutos ele para o carro em frente a um hotel, desci paguei a corrida peguei minha mala e entrei, a recepção era linda pedi um quarto ao rapaz que estava no balcão de atendimento assinei a entrada, paguei o valor que ele me disse e peguei a chave do quarto. Subi pro andar do quarto não prestei atenção em nenhum detalhe deixei a mala no canto qualquer e entrei no banheiro passei quase uma hora em baixo do chuveiro me permitindo chorar de novo, queria que a água que caia no meu corpo levasse toda dor e tristeza que eu sentia.

Sai do banheiro enrolada na toalha e fui procurar alguma roupa pra me vestir, peguei um vestidinho solto vesti e me deitei na cama me virei a noite toda sem conseguir dormir toda vez que fechava os olhos a imagem da minha mãe e da minha irmã apareciam na minha memória com muito esforço ou vencida pelo cansaço mesmo meus olhos se fecharam.

Acordei ofegante tinha sonhado com a mamãe e a tatá mortas o ruim é que esse pesadelo não acaba ele é real, chorei e chorei agarrada ao travesseiro quando deu 10 horas da manhã fui tomar um banho pra ir até o endereço que mamãe mandou.

Coloquei uma calça jeans rasgada e um tênis branco, vesti uma blusa de manga longa preta, fiz um coque frouxo no cabelo passei perfume e desci com a mala, falei com o rapaz da recepção que estava deixando o hotel, assinei a saída e fui espera um taxi por sorte tinha um bem na frente. Passei o endereço para o taxista e ele me olhou e disse.

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