05 - Salvador, parte 3

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***


Eu estava sentada com minhas pernas cruzadas, na posição que eu acreditava ser a mais confortável possível, no entanto, o olhar de Ás sobre mim começava a me fazer sentir pesada. Como se eu carregasse um mundo inteiro em meus ombros.

Antes que eu ou Lia falássemos qualquer coisa, Ás continuou:

— O que vocês querem aqui?

— O começo era resgatar James e Merry, — olhei para Lia que encarava Ás sem hesitar — agora a intenção é escarpamos daqui e...

Ela franziu seus lábios.

— E? — Ás instigou.

— E sabermos mais sobre nós, nossa família, nossos pais. O porquê de tudo.

Lia colocou suas mãos em sua boca e arregalou seus olhos.

Ás apenas sorriu.

— E se eu falar que posso lhe tirar todas as dúvidas sobre tudo?

Meu cérebro me alertou o óbvio: Ás é laranja.

A cor que faltava.

— Por que estamos aqui? — Lia perguntou e eu me mantive calada.

— Porque vocês são especiais.

A "senhorita Black" ao meu lado bufou.

— Responda de verdade. Por que estamos aqui?

Ás assentiu e anotou algo em sua placa antes de levantar seu olhar para nós duas.

— Por acaso.

— Como assim?

— Vocês foram escolhidos por acaso. — e maneou sua cabeça de um lado para o outro — Quer dizer... Mais ou menos. No começo, Claire era um acaso, então pensaram em escolher as pessoas próximas dela e, como todos vocês pareciam ter algum grau de parentesco, a escolha se tornou fácil e óbvia.

— Nos escolher para quê? — Lia cerrava e abria seus pulsos.

Talvez, na Terra, isso seria o equivalente a respirar fundo.

— Vocês acham que estão há quanto tempo aqui em Z-Mil? — o sorriso de Ás era, nesse momento, irônico e levemente assustador.

— Por que você não pode falar tudo de uma vez? — dessa vez, eu falei.

— Assim não teria graça. O bom é mostrar, não contar...

— O que você quer dizer com isso tudo? — Lia soltou enquanto se levantava do chão.

Eu não tinha entendido aquela sala — como quase nada de Z-Mil —, mas minha suposição era que era sobre sensações e a verdade.

Ás por ser da cor laranja, era óbvio que tinha poderes mentais.

— O que eu quero dizer é que vocês não são especiais, mas se mostraram ser.

Quando Lia estendeu sua mão para mim, eu a aceitei e também me levantei.

— Parabéns marcianas! — Ás mantinha seu sorriso — Vocês concluíram o treinamento! Vocês são a primeira leva de Salvadores.

— O quê? — eu e Lia gritamos em uníssono, parecia que, aquela era a pergunta da vez.

A IndomadaOnde histórias criam vida. Descubra agora