11 - Poder, parte 3

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— Calma! — Ás gritou, mas seu tom de voz já demonstrava a sua insegurança.

— Um passo de cada vez. — falei e senti a mão de James entrelaçar na minha.

— Um passo de cada vez. — Lia repetiu, como se falasse consigo mesma em voz alta.

Eu reconhecia sua voz, era claro. Mas, não sabia onde ela estava. Eram tantas pessoas que eu a tinha perdido de vista e não queria me mexer demais, apenas o necessário.

Um passo de cada vez; pensei, dando um passo para trás.

Ouvi os estalos de inúmeros passos atrás de mim, mas tentei me concentrar apenas em meus passos.

— Calma! — reconheci a voz de Sort.

No entanto, seu pedido de "calma" serviu como uma catapulta.

O perfeito paradoxo. Quando a calma leva ao desespero. Ou, no caso, como havia necessidade do desespero para se ter calma.

Porém, em um instante, parecia que todos estavam calmos e que cada passo era cuidadoso e cronometrado; já no segundo seguinte, os barulhos foram aumentando, gradativamente. O que parecia ser um barulho de um caco de um galho seco, se tornou aglomerado e confuso, como se inúmeros galhos secos estivessem sendo quebrados. Até a resolução óbvia de que o chão estava partindo, se abrindo.

Eu tentava não olhar para o chão, mas, quando olhei, abri minha boca e não emiti som algum, não tinha tempo para gritar, tinha que me salvar e ajudar aos demais.

Em volta dos meus pés estava rachado, preste a se abrir.

Puxei Ás pelo pulso, que, consequentemente puxou Merry e nos viramos para voltarmos a correr.

— Para onde vamos? — Sort gritou correndo de volta e impulsionando algumas pessoas que estavam mais lentas a continuar.

Antes que Ás abrisse a boca, um menino que estava ao lado de Ariana, falou:

— Eu sei!

— Como você pode saber? — Ariana o encarou.

— Eu ouço.

Eu não queria tentar entender e como percebi que a expressão de Ariana se suavizou, confiei.

— Vamos confiar nesse garotinho? — alguém, em algum canto, gritou.

Algumas pessoas pararam de correr, desconfiados e outras continuavam, mas, aqueles movimentos não estavam ajudando o chão embaixo de nós.

— Temos que continuar! — gritei, vendo, ao longe, alguns moradores de F-Quatro nos olhando.

Eles provavelmente estavam sobre o tal poder. Eu acreditava vir de um grupo do Supremo. Era poder demais para emanar de uma só pessoa contra um planeta inteiro.

Vi os olhos dos cidadãos de F-Quatro arregalarem e algumas bocas abrirem antes de eu mesma perceber o que acontecia conosco.

Éramos pessoas demais sobre um terreno tão instável e delicado.

A cratera aumentava. Todos corriam em pânico; muitos caiam. De Protetores a cidadãos de F-Quatro, A-Zero e C-Sete.

O menino era tão ágil quanto Ás, fugindo da queda iminente. Ash ajudava as pessoas, junto com Luke e Lia. Em um momento, quando Misha deu um pulo para a frente, Luke segurou sua mão e o puxou para trás, evitando sua queda quando o chão se abriu.

A IndomadaOnde histórias criam vida. Descubra agora