13 - Imagine, parte 2

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***


O homem também parecia ter o mesmo poder de Ariana, porque, quando ele, ainda em pé, deu um passo para mais próximo de mim no chão, o mesmo parecia estremecer sobre meu corpo.

Ele se jogou sobre mim e eu saberia que seria esmagada. Com a sua força, provavelmente eu sentiria como se um caminhão estivesse passando por cima de mim.

No entanto, eu também tinha meu poder.

Flexionei minhas pernas, deixando meus pés no ar exatamente no segundo que ele se jogou sobre mim. Todo o corpo dele estava apoiado em meus pés e minhas pernas latejavam de dor quando ele se esforçava para cair ainda mais sobre mim e quebrar minhas pernas.

Deixei minhas mãos no chão, esmagando a terra e a sentindo acariciar meus dedos. A poeira estava subindo rapidamente por todas as pessoas correndo e chutando o chão. Meus olhos ardiam, mas eu continuava com eles abertos, ouvindo o homem gritar e vendo ele se aproximar de mim.

Coloquei minhas mãos em sua cabeça, com uma segurando sua testa; com outra, batendo em seu rosto. Mas, ele parecia de ferro e nenhuma expressão exaltava.

Gritei, já cansada daquele peso sobre mim.

Eu o queria longe. O mais afastado possível.

Seus olhos se arregalaram e seu peso saiu de cima de mim, como se uma mão gigante o tivesse puxado e o jogado longe.

Quando seu peso já não estava sobre mim, pulei, me levantando de uma vez.

— Bem feito! — gritei em direção ao homem que agora estava a metros de distância de mim.

Passei minhas mãos uma na outra e as encarei. Meus dedos estavam trêmulos e eu os fechei e abri algumas vezes seguida. No entanto, quando tentei abrir pela que deveria ser a terceira vez, não consegui. Sentia meus dedos travados.

Desviei de um golpe, me afastei de outro, mas, não reagi. Não conseguia abrir meus dedos. Encarei Lia, que era a pessoa mais próxima de mim e arregalei meus olhos em um pedido de ajuda.

— O que houve? — ela me encarou.

Levantei meus punhos e ela franziu seu cenho.

— O quê?

— Não consigo.

Ela balançou sua cabeça, ainda sem entender.

Me senti dentro de um filme quando vi várias pessoas correndo em minha direção, com suas expressões de ódio e inclinadas, aumentando assim a velocidade de sua corrida.

Sentia que minhas mãos já não me respondiam e usei todo o meu braço para golpear as pessoas que pulavam sobre mim.

Eram pessoas demais para eu conseguir me concentrar sobre afastá-las de mim apenas com meu poder. Sendo assim, mesclava a força ao poder.

Minhas mãos cerradas serviam como uma arma branca, um peso para ser arremessado sobre o Supremo.

Tentei correr de costas, mas, tropecei um pé no outro, caindo de bunda no chão.

Eu podia imaginar o que estava acontecendo com minha estabilidade. Não era difícil associar quem poderia controlar meu corpo.

No meu campo de visão eu não encontrava Mística, mas imaginava que ela não estava longe.

Fechei meus olhos quando aquele grupo do Supremo literalmente se jogou sobre mim, me imobilizando e sequer tentei me debater.

Precisava estender minha força. Eram mais de cinco pessoas ao meu redor e eu imaginei cada um voando tão alto quanto o homem há pouco tempo.

Abri meus olhos vendo James puxar um dos Supremos de perto de mim e outro, como eu imaginava, realmente voou.

James me olhou, sorrindo e em seguida se abaixou, desviando de mais um.

Não falei em voz alta tudo que passava por minha cabeça e tentei resumir mentalmente para ele conseguir entender.

Percebi que James franziu seu cenho, mas assentiu. Mesmo que eu não lesse seus pensamentos, eu sabia que ele tinha consciência que era Mística que estava fazendo aquilo comigo.

Não queria que todos os meus amigos ficavam em volta de mim, me protegendo, mas, foi o que aconteceu.

Aos poucos, um a um apareceu afastando todos do Supremo que se atrevia a se aproximar. Eu pensava que eles deveriam se afastar, ajudar os cidadãos, mas, em uma rápida olhada ao redor, era fácil ver que eu era a única que precisava de ajuda. Todos os cidadãos pareciam ir bem. Ao menos, melhor do que eu.

Tentei me levantar, mas meu corpo parecia ser puxado para o chão. Era quase como se cordas estivessem ao meu redor, prendendo meus pulsos e pernas.

Eu não aguentava mais me sentir impotente.

— Eu estou tentando, Claire! — Misha gritou, me olhando — Estou tentando te imunizar.

Eu acenaria, se conseguisse.

Ariana pareceu rosnar quando afastou a grande maioria. No entanto, todos do Supremo pareciam baratas, se reproduzindo com facilidade. Enquanto nosso número só diminuia, os do Supremo pareciam ressurgir das cinzas.

Ash e Ás se aproximaram de mim e ambos serviram como meus guarda-costas pessoal enquanto os outros não deixaram sequer ninguém se aproximar demais.

Ás, pela sua agilidade, acertava em cheio qualquer um que passasse pela barreira de meus amigos mais a frente; já Ash era o último estágio para o marciano. O que, depois de ser golpeado por Ás, ainda sentiria o poder quase calmante de Ash.

Seu poder era tão complexo que eu não tinha dúvidas de que ele conseguiria fazer alguém continuar desmaiado, em um estado vegetativo initerrupto.

A IndomadaOnde histórias criam vida. Descubra agora