11 - Poder, parte 1

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A demora foi: computador no conserto e trabalho e ainda faculdade.

Mas vamos que vamos!

Não esqueça seu voto e comentário <3


***


Marte; F-Quatro, 45 de Inverno



Ás fechou seus olhos e tampou seus ouvidos.

— As meninas!

— O que tem elas? — segurei Ás pelos ombros.

Ás arregalou seus olhos.

— Estão lutando.

— Lutando? — James entrou na conversa se ajoelhando ao lado de Ás que estava sentada no chão.

— Sim, — Ás assentiu — lutando com os cidadãos de F-Quatro.

— Os do outro lado? — eu perguntei e Ás novamente assentiu — E você conseguiu ver se elas estão dando conta?

— Os Protetores são bons.

Merry, que nesse momento já estava ao nosso lado, perguntou:

— Será que elas precisam de nós?

— Não... Acho que não.

— Espero que elas consigam convercer os moradores de lá a vir para cá. — James passou uma mão em sua cabeça e se encostou em uma árvore artificial.

Daquele lado o ar não estava rarefeito pelas árvores artificiais que cobriam o ambiente, o deixando bonito e com um ar agradável mesmo que nós não o respirassemos.

— Acredito que consiguirão. — Merry estava confiante — Mas e agora, com todas essas pessoas, o que iremos fazer?

Merry gesticulou para todos os moradores de C-Sete que destoavam a visão romântica de F-Quatro.

Eles já não conseguiam se manter escondidos e os cidadãos de F-Quatro, provavelmente, já tinham avisado ao Supremo de nossa existência, no entanto, todos os cidadãos de F-Quatro passavam por nós sem fazer absultamente nada, como se nós nem sequer estivessem ali.

Eu pensava se o Supremo não os tinha alertado disso. Será que eles não tinham curiosidade em saber o que acontecia com o resto do planeta e quem éramos nós?

Balancei minha cabeça. Não adiantava saber sobre. Tínhamos que fazer a nossa parte mesmo que ninguém além de nós fizesse.

— Vamos sair daqui. — disse.

Ainda estávamos em um lugar mais recluso de F-Quatro, mas precisávamos encontrar todos que faziam parte do Supremo. Eu os imaginava como narcisistas, sempre mostrando que tinham mais do que o outro. E, naquela F-Quatro, não seria difícil encontrá-los.

— Para onde vamos? — Merry me olhava junto com outros inúmeros pares de ohos.

Todos os cidadãos de C-Sete pareciam próximos a ela, de alguma maneira. Como se ela fosse algum tipo de líder. Eu gostei de ver a confiança que aquelas pessoas davam a ela. Provavelmente, era tudo que eles tinham: confiar que haveria mudança.

— O verdadeiro Supremo! — afirmei e olhei para todas as pessoas — Ou você está a favor de nós...

— Ou contra nós. — a voz de Luke soou grave enquanto ele caminhava em nossa direção, lado a lado com Misha e Ash e atrás deles, cidadãos de A-Zero.

Eu nunca vi tantos marcianos reunidos.

— Vocês chegaram rápido! — Merry comentou, sorrindo.

Luke riu.

— Não foi difícil convercer essas pessoas de que elas tinham que nos seguir.

Revirei meus olhos e encarei Ash que deu de ombros.

— É lógico que elas seguiram a mim.

James foi o primeiro a rir e Ás foi cortante:

— Eu sei onde "os" Supremos estão.

— Acho que vamos seguir Ás! — Misha sorriu.

Ás realmente nos serviu de bússula, correndo depressa — como sempre — a nossa frente.

Eu sentia o chão estremecer de tantas pessoas atrás de nós. Ainda faltava Ariana, Lia, Sort e os demais Protetores com os demais cidadãos, mas, por hora, não poderíamos esperá-los.

Sendo assim, seguimos Ás sem olhar para trás.

Eu nunca pensei que Ás poderia manter tanto seu foco, mas, naquele momento, Ás mantinha enquanto corria.

Eu apressava meus passos e conseguia ver seu rosto com expressões sérias.

James estava pouco atrás de mim, seguido por Merry, Luke, Misha e Ash.

Ash era o mais lento porque se concentrava em também direcionar os cidadãos de A-Zero e os demais. Já os Protetores também eram ágeis, no entanto, assim como Ash, eles pensavam na população.

Os moradores de F-Quatro nos olhavam de cima a baixo e continuavam andando; outros, paravam e abriam suas bocas, provavelmente preste a perguntar quem éramos e o que queríamos, porém, no fim, ninguém fazia nada.

— Por que ninguém faz nada? — exteriorizei o que eu pensava.

— Eu tenho uma ideia... — Ash surgiu do meu lado, adiantando também seus passos e olhando de um lado para o outro.

— Eu estou sentindo... — Misha gritou.

— O quê? — Merry entrou na conversa.

— Poderes. — ele parou de correr, colocando suas mãos em suas coxas, como um maratonista cansado. A questão era que nós não respirávamos para sentir aquele nível de cansaço.

Todos nós paramos de correr, até mesmo Ás que, por pouco, quase continuou.

— Como assim? — Ash correu até Misha e colocou sua mão sobre o ombro dele.

Misha cerrou seus punhos em sua calça e antes que Ash conseguisse fazer alguma coisa, ele caiu no chão e gritou.

Eu corri até eles e coloquei minhas mãos sobre Misha, olhando, de canto de olho, para Ash.

— O que você acha que está acontecendo?

— Misha está nos imunizando.

— Imunizando, de quê? De quem?

— As pessoas não estão fazendo nada porque estão sendo controladas, Claire. — Ash me encarou e eu voltei minha atenção para Misha que se debatia no chão.

— E Misha está imunizando todos nós? — olhei em volta para os cidadãos de A-Zero e C-Sete, os Protetores, meus amigos e, mais longe, Ariana vinha correndo ao lado de uma criança e Lia, mais os moradores do outro lado de F-Quatro e o resto dos Protetores.

— Ele está tentando. — Ash passou uma mão na testa de Misha.

— São pessoas demais para ele. — Merry falou, desesperada enquanto andava de um lado para o outro.

Os cidadãos de C-Sete não se mexeram, permaneceram próximos de Merry.

Asexpressões de todos se misturavam, entre desespero, tensão e medo.    

A IndomadaOnde histórias criam vida. Descubra agora