A demora foi: computador no conserto e trabalho e ainda faculdade.
Mas vamos que vamos!
Não esqueça seu voto e comentário <3
***
Marte; F-Quatro, 45 de Inverno
Ás fechou seus olhos e tampou seus ouvidos.
— As meninas!
— O que tem elas? — segurei Ás pelos ombros.
Ás arregalou seus olhos.
— Estão lutando.
— Lutando? — James entrou na conversa se ajoelhando ao lado de Ás que estava sentada no chão.
— Sim, — Ás assentiu — lutando com os cidadãos de F-Quatro.
— Os do outro lado? — eu perguntei e Ás novamente assentiu — E você conseguiu ver se elas estão dando conta?
— Os Protetores são bons.
Merry, que nesse momento já estava ao nosso lado, perguntou:
— Será que elas precisam de nós?
— Não... Acho que não.
— Espero que elas consigam convercer os moradores de lá a vir para cá. — James passou uma mão em sua cabeça e se encostou em uma árvore artificial.
Daquele lado o ar não estava rarefeito pelas árvores artificiais que cobriam o ambiente, o deixando bonito e com um ar agradável mesmo que nós não o respirassemos.
— Acredito que consiguirão. — Merry estava confiante — Mas e agora, com todas essas pessoas, o que iremos fazer?
Merry gesticulou para todos os moradores de C-Sete que destoavam a visão romântica de F-Quatro.
Eles já não conseguiam se manter escondidos e os cidadãos de F-Quatro, provavelmente, já tinham avisado ao Supremo de nossa existência, no entanto, todos os cidadãos de F-Quatro passavam por nós sem fazer absultamente nada, como se nós nem sequer estivessem ali.
Eu pensava se o Supremo não os tinha alertado disso. Será que eles não tinham curiosidade em saber o que acontecia com o resto do planeta e quem éramos nós?
Balancei minha cabeça. Não adiantava saber sobre. Tínhamos que fazer a nossa parte mesmo que ninguém além de nós fizesse.
— Vamos sair daqui. — disse.
Ainda estávamos em um lugar mais recluso de F-Quatro, mas precisávamos encontrar todos que faziam parte do Supremo. Eu os imaginava como narcisistas, sempre mostrando que tinham mais do que o outro. E, naquela F-Quatro, não seria difícil encontrá-los.
— Para onde vamos? — Merry me olhava junto com outros inúmeros pares de ohos.
Todos os cidadãos de C-Sete pareciam próximos a ela, de alguma maneira. Como se ela fosse algum tipo de líder. Eu gostei de ver a confiança que aquelas pessoas davam a ela. Provavelmente, era tudo que eles tinham: confiar que haveria mudança.
— O verdadeiro Supremo! — afirmei e olhei para todas as pessoas — Ou você está a favor de nós...
— Ou contra nós. — a voz de Luke soou grave enquanto ele caminhava em nossa direção, lado a lado com Misha e Ash e atrás deles, cidadãos de A-Zero.
Eu nunca vi tantos marcianos reunidos.
— Vocês chegaram rápido! — Merry comentou, sorrindo.
Luke riu.
— Não foi difícil convercer essas pessoas de que elas tinham que nos seguir.
Revirei meus olhos e encarei Ash que deu de ombros.
— É lógico que elas seguiram a mim.
James foi o primeiro a rir e Ás foi cortante:
— Eu sei onde "os" Supremos estão.
— Acho que vamos seguir Ás! — Misha sorriu.
Ás realmente nos serviu de bússula, correndo depressa — como sempre — a nossa frente.
Eu sentia o chão estremecer de tantas pessoas atrás de nós. Ainda faltava Ariana, Lia, Sort e os demais Protetores com os demais cidadãos, mas, por hora, não poderíamos esperá-los.
Sendo assim, seguimos Ás sem olhar para trás.
Eu nunca pensei que Ás poderia manter tanto seu foco, mas, naquele momento, Ás mantinha enquanto corria.
Eu apressava meus passos e conseguia ver seu rosto com expressões sérias.
James estava pouco atrás de mim, seguido por Merry, Luke, Misha e Ash.
Ash era o mais lento porque se concentrava em também direcionar os cidadãos de A-Zero e os demais. Já os Protetores também eram ágeis, no entanto, assim como Ash, eles pensavam na população.
Os moradores de F-Quatro nos olhavam de cima a baixo e continuavam andando; outros, paravam e abriam suas bocas, provavelmente preste a perguntar quem éramos e o que queríamos, porém, no fim, ninguém fazia nada.
— Por que ninguém faz nada? — exteriorizei o que eu pensava.
— Eu tenho uma ideia... — Ash surgiu do meu lado, adiantando também seus passos e olhando de um lado para o outro.
— Eu estou sentindo... — Misha gritou.
— O quê? — Merry entrou na conversa.
— Poderes. — ele parou de correr, colocando suas mãos em suas coxas, como um maratonista cansado. A questão era que nós não respirávamos para sentir aquele nível de cansaço.
Todos nós paramos de correr, até mesmo Ás que, por pouco, quase continuou.
— Como assim? — Ash correu até Misha e colocou sua mão sobre o ombro dele.
Misha cerrou seus punhos em sua calça e antes que Ash conseguisse fazer alguma coisa, ele caiu no chão e gritou.
Eu corri até eles e coloquei minhas mãos sobre Misha, olhando, de canto de olho, para Ash.
— O que você acha que está acontecendo?
— Misha está nos imunizando.
— Imunizando, de quê? De quem?
— As pessoas não estão fazendo nada porque estão sendo controladas, Claire. — Ash me encarou e eu voltei minha atenção para Misha que se debatia no chão.
— E Misha está imunizando todos nós? — olhei em volta para os cidadãos de A-Zero e C-Sete, os Protetores, meus amigos e, mais longe, Ariana vinha correndo ao lado de uma criança e Lia, mais os moradores do outro lado de F-Quatro e o resto dos Protetores.
— Ele está tentando. — Ash passou uma mão na testa de Misha.
— São pessoas demais para ele. — Merry falou, desesperada enquanto andava de um lado para o outro.
Os cidadãos de C-Sete não se mexeram, permaneceram próximos de Merry.
Asexpressões de todos se misturavam, entre desespero, tensão e medo.
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A Indomada
Science FictionTerceiro Volume da Trilogia "A Estranha" Claire e seus amigos tem mais um problema: conseguir sair de Z-Mil. Eles juntos são fortes, porém, teriam coragem e força - tanto mental quanto física - suficiente para vencer a batalha contra seus progenit...